HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Associação de fabricantes
contesta estudo sobre falta de
segurança dos capacetes
A Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas contestou, esta quarta-feira, as conclusões do estudo de
um investigador da Universidade de Aveiro sobre a segurança dos
capacetes.
Segundo o secretário-geral daquela
da Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas, Ferragens,
Mobiliário e Afins (ABIMOTA), Paulo Rodrigues, "houve precipitação nas
conclusões" do estudo académico, feito por um investigador do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro.
Na sequência da avaliação da capacidade de proteção de capacetes
certificados por normas internacionais, o estudo concluiu que os mesmos
não ofereceriam segurança aos motociclistas, mesmo a uma velocidade de
impacto de 25 a 30 km/h.
A ABIMOTA, que possui o único
Laboratório de Ensaios de capacetes certificado na Península Ibérica,
contesta as conclusões e salienta que, antes de serem certificados, os
diferentes tipos de capacetes são submetidos "a uma enorme quantidade"
de testes.
Um dos principais é aquele que "é obtido na máquina de
queda", em que o capacete é submetido a uma aceleração de 275 G's, a
qual gera "um impacto violento", explica Paulo Rodrigues.
O
secretário-geral da ABIMOTA sublinha que "a principal preocupação é
avaliar se o impacto atinge a cabeça do utilizador", gerando lesões.
"O
que analisamos é a capacidade de absorção de energia de choque do
capacete e não apenas uma multiplicação do resultado da velocidade de
teste", esclarece, vincando que, por cada modelo de capacete, a ABIMOTA
testa 50 unidades.
Paulo Rodrigues considera que o estudo "não
coloca em causa as atuais normas de segurança", ainda que, "todas as
normas possam ser revistas e melhoradas", mas "transmite a ideia errada
de que a indústria descura da proteção e da qualidade, o que não é
verdade".
Os fabricantes nacionais, realça, "fazem um
investimento enorme em segurança, dispondo eles próprios na fase de
desenvolvimento de produto de máquinas semelhantes à que é usada na
certificação e ainda são obrigados a certificarem os capacetes em
laboratórios independentes, como é o caso do da ABIMOTA".
* Esclareçam e depressa, os motociclistas não têm culpa.
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