ESTA SEMANA NO
"SOL"
Morreu o último sobrevivente da
Revolta dos Marinheiros de 1936
O sargento-ajudante José Barata, o último sobrevivente da Revolta dos
Marinheiros de 1936, morreu este sábado, em Oeiras, aos 97 anos,
informaram à Lusa um amigo e o presidente da Associação Nacional de
Sargentos.
José Barata faleceu de madrugada no lar das Forças Armadas.
O militar, condecorado em 1999, pelo então Presidente da República
Jorge Sampaio, com o grau de comendador da Ordem da Liberdade,
participou na Revolta dos Marinheiros, de 08 de setembro de 1936, tendo
sido deportado para o campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde,
onde cumpriu 11 de 15 anos de pena de prisão.
José Barata cumpriu o resto da pena, depois de ter sido operado, no Forte de Peniche.
Em 2009, o militar e outros colegas foram homenageados pela Câmara
Municipal de Almada, que inaugurou, na localidade do Feijó, o Monumento
ao Marinheiro Insubmisso.
Lima Coelho recordou à Lusa, com "grande tristeza", o "elevado
exemplo de convicções, de grande humildade perante a vida" de José
Barata.
O militar era sócio da Associação Nacional de Sargentos, da Associação de Praças e do Clube de Praças da Armada.
O corpo de José Barata vai estar em câmara ardente na Igreja Nova
Oeiras, de onde seguirá na segunda-feira de manhã o funeral, com honras
militares, para o cemitério de Oeiras.
* Um herói quase anónimo mas um grande exemplo.
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