25/06/2014

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DGS
Um em cada 10 doentes dos cuidados continuados tinha uma infecção em 2013

Na totalidade foram identificadas 344 infeções (11,3%)
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Um em cada 10 doentes de unidades de cuidados continuados tinha uma infeção associada a cuidados de saúde (IACS), revela um inquérito da Direção Geral de Saúde (DGS) relativo a 2013.

O inquérito de prevalência de infeção e uso de antimicrobianos nas unidades de cuidados continuados (UCC) incluiu 2.304 residentes, tendo em 317 sido registada uma infeção (IACS), o que que traduz uma prevalência de 10,4%.

Na totalidade foram identificadas 344 infeções (11,3%).

“Estes resultados não podem ser comparados diretamente com os de 2012 dado que foram introduzidas alterações nas definições de infeção urinárias”, lê-se no documento, no qual se indicou que os números de 2013 e de 2012 teriam o mesmo valor (8,1%) se fossem retirados os dados relativos a “infeção urinária provável”.

No relatório de 2013, as infeções mais frequentes são as das vias urinárias, com 17,5% infeções confirmadas e 20% infeções prováveis, seguindo-se infeções da pele e tecidos moles (26,2%) e as infeções respiratórias (21,2%).

O documento assinalou a prescrição de 311 antimicrobianos, que podem passar por antibióticos, antivirais, antifúngicos e antiparasitários, a 289 residentes (9,5%), com uma média de 1,1 antimicrobiano por doente.

Vinte e um residentes tinham prescrição de dois antimicrobianos e um deles estava a tomar três destes fármacos, que no total foram maioritariamente receitados pelo médico da unidade.

“No que se refere à organização das atividades de prevenção e controlo das infeções e resistências aos antimicrobianos, destaca-se que em cerca de um quinto das UCC não existia um profissional responsável por estas atividades”, refere o texto do inquérito, que nas suas recomendações incluiu o cumprimento do despacho sobre esta área.

“Tendo em conta as taxas relativamente elevadas de prevalência de IACS, é imperioso desenvolver as boas práticas de prevenção de transmissão, nomeadamente em relação às infeções mais frequentes: urinárias e feridas crónicas”, afirmou-se no documento, no qual se exige uma análise mais detalhada do número significativo de úlceras de pressão e outras feridas.

No primeiro estudo nacional sobre esta matéria, em 2012, tinham participado 232 UCC e 5.150 residentes, enquanto este ano foram envolvidos 143 UCC e 2.304 3 residentes.

Quase metade das UCC inquiridas em 2013 eram unidades de Longa Duração, seguindo-se as de Média Duração (29,3%), de Convalescença (17,4%) e de Cuidados Paliativos (3,4%).

A população do inquérito foi caracterizada como idosa e “com limitações físicas e cognitivas importantes”, registando-se feridas em 30% dos residentes.

* O ministério das Finanças tem outras prioridades que não o bem-estar dos cidadãos.

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