O QUE NÓS
RECORDAMOS!
Quando eu era criança…
Dez escritores de livros infantis recordam aquilo que liam e os brinquedos que adoravam
No dia 1 de Junho, é celebrada a infância, a primeira época da vida de
qualquer pessoa. Contudo, há pessoas que não a deixam logo para trás, e
que a revisitam para enriquecer a infância dos outros.
José Luís Peixoto
39 anos
Escreveu um livro para crianças
O livro: ‘Esteiros’, de Soeiro Pereira Gomes
O brinquedo: legos
“Não sei marcas nem sou aficionado de carros, mas tinha muitos. Tenho duas irmãs mais velhas e influenciado por elas, acabava por comprar uns fora do comum: betoneiras, camiões e carrinhas de gelados, embora quisesse os desportivos.
O meu pai era carpinteiro e tinha uma serração. Com 10 anos, eu podia fazer carrinhos e naves espaciais com sobras de madeira. Fazer espadas era o mais fácil. Em pequeno, o meu pai fez-me um camião de madeira, com vidros nas janelas...
Também gostava muito de legos, foram um brinquedo muito formador para mim. Faziam-nos exercitar a organização, o equilíbrio, a forma, que hoje são úteis na escrita. Uma tia trazia-me esses presentes do Reino Unido. Aos 7 ou 8 anos, trouxeram-me uma mesa de matraquilhos, pequena mas boa! Na altura era uma coisa inédita em Galveias: uma aldeia do Alentejo com mil pessoas…
Se eu comesse e me portasse bem, a minha mãe e as minhas irmãs liam-me um pouco. Quando não sabia ler, pegava nas bandas desenhadas da Disney ou da Mónica e do Cebolinha. Depois de aprender, comecei a ler tudo o que havia em casa e era adepto da biblioteca itinerante da Gulbenkian, com seis ou sete anos. O bibliotecário era de Abrantes e também era o meu dentista. Ainda tenho contacto com ele.
Aos 8 ou 9 anos já lia os clássicos da literatura universal adaptados a crianças e a colecção dos Cinco. Pensei que tinha lido um livro de crescidos aos 10 anos, quando acabei o ‘Esteiros’ do Soeiro Pereira Gomes. Chorava com coisas na televisão. O 'Marco' era um aperto no coração.”
A PARTIR DE UM TRABALHO DE LEONOR RISO
IN "SÁBADO"
01/06/1
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39 anos
Escreveu um livro para crianças
O livro: ‘Esteiros’, de Soeiro Pereira Gomes
O brinquedo: legos
“Não sei marcas nem sou aficionado de carros, mas tinha muitos. Tenho duas irmãs mais velhas e influenciado por elas, acabava por comprar uns fora do comum: betoneiras, camiões e carrinhas de gelados, embora quisesse os desportivos.
O meu pai era carpinteiro e tinha uma serração. Com 10 anos, eu podia fazer carrinhos e naves espaciais com sobras de madeira. Fazer espadas era o mais fácil. Em pequeno, o meu pai fez-me um camião de madeira, com vidros nas janelas...
Também gostava muito de legos, foram um brinquedo muito formador para mim. Faziam-nos exercitar a organização, o equilíbrio, a forma, que hoje são úteis na escrita. Uma tia trazia-me esses presentes do Reino Unido. Aos 7 ou 8 anos, trouxeram-me uma mesa de matraquilhos, pequena mas boa! Na altura era uma coisa inédita em Galveias: uma aldeia do Alentejo com mil pessoas…
Se eu comesse e me portasse bem, a minha mãe e as minhas irmãs liam-me um pouco. Quando não sabia ler, pegava nas bandas desenhadas da Disney ou da Mónica e do Cebolinha. Depois de aprender, comecei a ler tudo o que havia em casa e era adepto da biblioteca itinerante da Gulbenkian, com seis ou sete anos. O bibliotecário era de Abrantes e também era o meu dentista. Ainda tenho contacto com ele.
Aos 8 ou 9 anos já lia os clássicos da literatura universal adaptados a crianças e a colecção dos Cinco. Pensei que tinha lido um livro de crescidos aos 10 anos, quando acabei o ‘Esteiros’ do Soeiro Pereira Gomes. Chorava com coisas na televisão. O 'Marco' era um aperto no coração.”
A PARTIR DE UM TRABALHO DE LEONOR RISO
IN "SÁBADO"
01/06/1
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