ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Cientistas portugueses ajudam
a criar smartphone para cegos
O HoliBraille é uma ferramenta que facilita a escrita em Braille em smartphones e outros dispositivos com ecrãs táteis
O HoliBraille é uma espécie de capa que se acopla à parte de trás de um smartphone e que vibra sempre que o utilizador escreve uma letra em Braille, facilitando o acesso dos invisuais às tecnologias de ecrã tátil.
O projeto reúne cientistas de várias instituições, como o
Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de
Lisboa e do Instituto Superior Técnico, o português Hugo Nicolau está
envolvido no projeto enquanto pós-doutorado do Instituto de Tecnologia de Rochester (Nova Iorque). A coordenação do projeto está a cargo de Vicki Hanson, da Universidade de Dundee (Escócia).
Esta mesma equipa está, também, a desenvolver um corretor ortográfico de Braille
chamado B#, que consegue sugerir a palavra correta em 72% dos casos,
uma percentagem bastante superior à dos corretores comuns.
Existem no mercado programas de voz que leem o que está no ecrã de um
smartphone, mas esta tecnologia permite uma utilização mais discreta. A
comunicação entre o telefone e o aparelho HoliBraille faz-se através de
Bluetooth. O programa deteta quais os dedos utilizados no processo de escrita
(os dedos indicadores, médios e anelares de cada mão representam os
pontos matriz do Braille) e dá essa informação ao utilizador através de
vibração.
O protótipo está a ser testado na Fundação Raquel e Martin Sain, em
Lisboa, que dá formação a invisuais. O custo de produção do HoliBraille
varia entre 80 e 100 euros.
A equipa não registou qualquer patente das duas invenções, a intenção é
que as suas descobertas sejam a abertas a todos quantos queiram
colaborar.
* Ciência portuguesa inteligente e solidária.
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