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Mais de duas dezenas de
empresas interessadas na
concessão dos transportes
Sérgio
Monteiro assegurou que as empresas que ficarem com as concessões dos
transportes públicos não vão ter liberdade tarifária, ficando igualmente
sujeitas às "regras de variação de inflação que há já hoje"
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Mais
de duas dezenas de empresas portuguesas e estrangeiras estão
interessadas na concessão das empresas públicas de transporte, disse
hoje no parlamento o secretário de Estado dos Transportes.
"Temos 13 interessados a participar no processo de consulta. Treze em
Lisboa e 13 no Porto, alguns deles diferentes", disse Sérgio Monteiro
aos deputados da comissão de Economia e Obras Públicas, onde foi hoje
ouvido.
Aos jornalistas, o governante afirmou ter mais interessados do que
aquele conjunto que participou na consulta pública e que são dos mais
variados países e continentes.
"É um sinal que Portugal tem hoje uma visibilidade internacional e
uma reputação diferente. Se assim não fosse, não tínhamos ninguém
interessado em prestar este serviço", afirmou.
Sérgio Monteiro assegurou que as empresas que ficarem com as
concessões dos transportes públicos não vão ter liberdade tarifária,
ficando igualmente sujeitas às "regras de variação de inflação que há já
hoje".
Segundo o secretário de Estado, os privados "parecem preferir o
modelo de concessão direta" porque o "risco do Estado é maior do que o
das empresas".
Além disso, "há uma diretiva comunitária que determina que, no modelo
de subconcessão, não possa ser concessionado mais do que um terço da
rede", explicou.
Por isso, se o Estado optar pelo modelo de concessão pode
concessionar 100% da rede, se optar pelo modelo de subconcessão apenas
pode subconcessionar um terço da rede.
Questionado sobre as negociações com a Câmara de Lisboa relativas à
Carris e ao Metro, disse que tomou em "boa nota" do interesse
manifestado pelo presidente da autarquia António Costa, mas frisou que
"a melhor proposta será aquela que vier a ser escolhida" pelo Governo.
Quanto à dívida histórica das empresas de transporte, Sérgio Monteiro
defendeu que deve ser assumida pelos "donos dos ativos", neste caso,
pelo Estado.
"O dono dos ativos continuará a ser sempre o Estado. Por isso falamos
em concessão e não privatização. Os ativos serão sempre do Estado. Por
isso parece-me lógico que quem mandou as empresas fazer ativos seja
responsável por elas", afirmou.
* Se é comum dizer-se que as empresas públicas de transportes dão prejuízo porque é que há tantos privados interessados??? Certamente porque o gestores públicos fizeram o trabalho que lhes competia.
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