Como é que funciona?
Hoje
acordei com uma dúvida: será que as pessoas sabem o que é um resgate
financeiro? Em concreto – como é que funciona, que regras o orientam.
Será uma maneira heróica de tirar um povo de um cativeiro? Uma forma de
dar um teto a uma nação sem-abrigo? Um Preço Certo em Euros dos Países?
Sei que parece pergunta tonta nesta altura do campeonato mas enquanto
tomava o café da manhã e espreitava um televisor sem som aprofundei esta
questão elementar. Tendo em conta o labirinto que para aí vai (na
organização político-financeira dos países da vizinhança), é possível
que haja muita gente que vive numa compreensível ignorância. Muita gente
mesmo.
Sabemos que não somos nós que mandamos nisto mas não sabemos como é que os outros mandam nisto. E nada ajuda no esclarecimento. Os folhetos são confusos, contraditórios, especulativos. Os partidos andam com pedregulhos na mão. Os velhos que não frequentam as internetes ficam de fora dos esclarecimentos digitais. Há tanta gente a glosar o assunto – a complicá-lo, de forma a torná-lo objecto de análises complexas e inteligentíssimas – que uma pessoa fica sem saber o que é e o que não é.
E a história dos mercados? Parece que agora ficaram satisfeitos da vida mas a Dona Jacinta saberá o que são? Como funcionam, que tipo de gente é que lá trabalha? “E o meu neto pode mandar para lá o currículo?”. E as Europeias, senhores? Como é que alguém que imagina que são outros que não os nossos que andam a tomar conta do país pode ter vontade de ir deixar o seu voto onde quer que seja? O que é que um deputado vai fazer para uma junta de freguesia distante onde parece que não é tido nem achado? São pontos que convém esclarecer, sob o risco de habitarmos num obscurantismo sobre o básico que rege as nossas idas à mercearia.
Sabemos que não somos nós que mandamos nisto mas não sabemos como é que os outros mandam nisto. E nada ajuda no esclarecimento. Os folhetos são confusos, contraditórios, especulativos. Os partidos andam com pedregulhos na mão. Os velhos que não frequentam as internetes ficam de fora dos esclarecimentos digitais. Há tanta gente a glosar o assunto – a complicá-lo, de forma a torná-lo objecto de análises complexas e inteligentíssimas – que uma pessoa fica sem saber o que é e o que não é.
E a história dos mercados? Parece que agora ficaram satisfeitos da vida mas a Dona Jacinta saberá o que são? Como funcionam, que tipo de gente é que lá trabalha? “E o meu neto pode mandar para lá o currículo?”. E as Europeias, senhores? Como é que alguém que imagina que são outros que não os nossos que andam a tomar conta do país pode ter vontade de ir deixar o seu voto onde quer que seja? O que é que um deputado vai fazer para uma junta de freguesia distante onde parece que não é tido nem achado? São pontos que convém esclarecer, sob o risco de habitarmos num obscurantismo sobre o básico que rege as nossas idas à mercearia.
IN "SÁBADO"
08/05/14
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