ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Nigéria:
Deborah Peter também foi vítima
de Boko Haram
.
Três homens do grupo terrorista mataram o seu
pai e o seu irmão e obrigaram-na a deitar-se em cima dos corpos. Ela
relatou a sua história no Capitólio
22 de Dezembro de 2011. 19h. Deborah Peter, uma adolescente nigeriana,
então com apenas 12 anos, estava em casa com o irmão quando começou a
ouvir um tiroteio. “O meu irmão ligou ao meu pai e disse-lhe para não
vir para casa, por causa do que se estava a passar, mas ele disse-lhe
para esquecer”, recorda, pormenorizadamente, a adolescente.
Trinta minutos depois, três homens armados entraram-lhes casa e exigiram
que o seu pai, um pastor cristão, renunciasse à sua fé para se
converter ao Islamismo. “O meu pai disse-lhes que preferia morrer do que
ir para o Inferno”, conta. Então, alvejaram-no três vezes no peito.
Os três homens faziam parte do grupo de islâmicos
extremistas chefiado pelo grupo Boko Haram. Inicialmente, pensaram em
poupar o irmão de Deborah, por ser ainda muito novo, mas depressa
mudaram de ideias e alvejaram-no duas vezes na cabeça. Deborah Peter
recorda esse momento, sem lhe falhar a voz, e pensa que o pai – que
ainda respirava – morreu nesse instante, ao ver o filho a ser baleado
brutalmente.
O episódio traumático não acabou ali: depois de matarem o pai e o irmão, os terroristas obrigaram a adolescente a deitar-se em cima dos cadáveres. E ela ali ficou até à manhã do dia seguinte.
O episódio traumático não acabou ali: depois de matarem o pai e o irmão, os terroristas obrigaram a adolescente a deitar-se em cima dos cadáveres. E ela ali ficou até à manhã do dia seguinte.
Três anos depois – e na sequência do recente rapto de mais de 200
raparigas nigerianas exactamente pelo mesmo grupo de extremistas
islâmicos –, Deborah Peter, agora com 15 anos, recordou no Capitólio,
perante a Comissão de Assuntos Estrangeiros dos Estados Unidos, a sua
história.
As mais de 200 adolescentes nigerianas raptadas são da cidade natal de Deborah, que agora vive nos Estados Unidos. “Decidi contar a minha história, quando estas raparigas foram raptadas, porque todo o mundo precisa de saber todo o mal que Boko Haram já fez”, disse perante as câmaras. “O grupo mata pessoas que nunca lhe fizeram mal. Espero que estas raparigas ganhem coragem através da minha história e se mantenham fortes.”
As mais de 200 adolescentes nigerianas raptadas são da cidade natal de Deborah, que agora vive nos Estados Unidos. “Decidi contar a minha história, quando estas raparigas foram raptadas, porque todo o mundo precisa de saber todo o mal que Boko Haram já fez”, disse perante as câmaras. “O grupo mata pessoas que nunca lhe fizeram mal. Espero que estas raparigas ganhem coragem através da minha história e se mantenham fortes.”
A coragem de Deborah Peter faz lembrar Malala Yousafzai, a paquistanesa
atingida a tiro na cabeça por talibãs por defender publicamente a
educação das mulheres no Paquistão. Durante esta espécie de conferência –
que foi filmada e fotografada, e onde Deborah Peter mostrou a mensagem
“Tragam de volta as minhas irmãs” –, a adolescente manteve-se firme e a
voz só lhe sumiu quando lhe perguntaram o que sentia em relação a Boko
Haram.
Respondeu: “É uma pergunta difícil, penso que eles são maus. Mas não posso julgá-los. A Bíblia diz que não devemos julgar.” Depois daquela noite fatídica, Deborah Peter foi ajudada por outro pastor cristão a sair do país, com a sua mãe. Foi então que fugiu para os Estados Unidos. Hoje, frequenta uma escola cristã em Grundy, uma pequena cidade no estado de Virginia.
Respondeu: “É uma pergunta difícil, penso que eles são maus. Mas não posso julgá-los. A Bíblia diz que não devemos julgar.” Depois daquela noite fatídica, Deborah Peter foi ajudada por outro pastor cristão a sair do país, com a sua mãe. Foi então que fugiu para os Estados Unidos. Hoje, frequenta uma escola cristã em Grundy, uma pequena cidade no estado de Virginia.
Nos últimos anos, grupos terroristas islâmicos, e sobretudo o
Boko Haram, têm fustigado as comunidades cristãs do norte da Nigéria,
destruindo não só igrejas mas cidades inteiras. O resultado? Centenas de
mortos. O paradeiro das mais de 200 estudantes nigerianas raptadas em
Abril continua por descobrir.
* Tudo em nome de Alá! Bolas, bolas.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário