HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Difícil é mostrar que uma ideia
é um bom negócio
Para quem vai financiar
o projecto de uma start-up, às vezes é preciso mais do que uma ideia.
"Como qualquer capital de risco, não investimos em ideias, mas em
negócios", explicou Rui Rodrigues, da Caixa Capital.
Para quem vai financiar o projecto de uma start-up, às vezes é preciso
mais do que uma ideia. "Como qualquer capital de risco, não investimos
em ideias, mas em negócios", explicou Rui Rodrigues, da Caixa Capital.
Mas não é assim que se acaba com as esperanças de quem ainda só tem uma
ideia e nenhum dinheiro. Por isso é que "os 'aceleradores' são o sítio
ideal para transformar ideias em negócios", realçou Rodrigues.
Ressalva:
"Um capitalista quer ter retorno."
O negócio da "aceleração", segundo a Beta-i. "Temos um programa
distinto, o Lisbon Challenge, que é único em linha com o que o MIT faz
com o ISCTE no 'Building Global Innovators' em Lisboa. É um programa de
aceleração de três meses que permite trazer a Portugal start-ups de todo
o mundo, neste caso a Lisboa, para um período de aceleração que é
intensivo e permanente", adiantou André Marquet, co-fundador da Beta-i.
A escolha dos projectos é uma das fases mais importantes. "Fazemos
primeiro a filtragem. No último Lisbon Challenge chegaram-nos quase 500
candidaturas internacionais. Filtrámos até chegar a 30. Algumas dessas
até já receberam investimento de outras 'venture capitals'.
Isto é um
negócio de filtragem e 'peneiragem' até à exaustão", salientou André
Marquet.
Além de financiamento, as start-ups precisam de um espaço físico e
consultoria em diversas áreas. Celso Carvalho, director-geral da
Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro (IEUA), explicou que
esta tem apenas "escritórios porque os laboratórios e outros espaços já
estão no campus".
Relativamente a serviços, a opção da IEUA foi disponibilizar "o que as
empresas precisam no dia-a-dia - que são obrigatórias por lei, como o
apoio jurídico ou a contabilidade. Fizemos uma abordagem absolutamente
disruptiva, que foi identificar pessoas que vieram ter connosco, e
vice-versa, com disponibilidade financeira e interesse em investir nas
empresas que estão na incubadora", contou Carvalho.
Mas quem propõe um projecto nem sempre entende o que é preciso. "O erro
mais comum é não se colocar na pele do cliente, dos 'stakeholders'. Não
dá a resposta óbvia sobre o retorno do investimento", insurgiu-se. No
final do ano passado, a IEUA "tinha 17 empresas, com 100 pessoas, que
facturaram à volta de cinco milhões de euros.
* A banca em Portugal é agiota. Mau grado a leviandade de bastantes anos de sedução ao crédito, o negócio dos bancos é dinheiro, não dão um cêntimo e quando não recuperam, confiscam.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário