HOJE NO
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Cientista português usa jogo de
telemóvel e ciência cidadã para
investigar cancro da mama
O português é investigador e professor na Universidade de Cambridge
O cientista português Carlos Caldas vai recorrer à "ciência cidadã" -
pesquisa com colaboração de pessoas comuns - para o ajudar na
investigação do cancro da mama, através de um jogo de telemóvel hoje
lançado, anunciou a fundação Cancer Research UK.
De acordo com esta entidade britânica, que investe milhões de euros
na investigação sobre o cancro, este jogo é o primeiro do género a nível
mundial e vai ajudar "pessoas de todo o mundo a auxiliar os cientistas a
decifrar dados genéticos" de modo a "encontrarem respostas a algumas
das perguntas mais difíceis sobre o cancro".
O jogo, chamado "Play for Cure: Genes in Space" ("Jogue para Jogar:
Genes no Espaço"), consiste na condução de uma nave em alta velocidade
entre asteróides, com o objetivo de recolher um material chamado
"Elemento Alfa".
Ao mesmo tempo, ajuda os cientistas a analisarem informação gerada
por uma tecnologia chamada "microarray" de genes, que é usada para
tentar identificar, nos nossos genomas, regiões anormais como as
encontradas em diferentes cancros.
O espaço recriado no jogo são amostras de cancro, e o percurso da
nave tem por objetivo detetar alterações genéticas, que possam
contribuir para decifrar as causas do cancro e ajudar os cientistas a
desenvolver melhores medicamentos.
Mais do que prevenção ou sensibilização do tema para o público jovem,
Carlos Caldas considera este jogo um exemplo de "ciência cidadã", em
que pessoas comuns ajudam investigadores a analisar informação
importante para a ciência.
O português, investigador e professor na Universidade de Cambridge,
disse à agência Lusa esperar que os resultados de outros projetos de
"ciência cidadã" se repitam e contribuam para o seu trabalho sobre o
cancro da mama.
Carlos Caldas já está envolvido num outro projeto de "ciência cidadã"
chamado "Google Cell Slider", lançado em outubro de 2013 e que já
permitiu reduzir de 18 para apenas três meses, o tempo gasto por
investigadores na análise de um subconjunto de amostras de cancro da
mama, ao pôr mais de 200 mil pessoas a classificar perto de dois milhões
de imagens de cancro.
* Excepcional inteligência.
.
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