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Co-fundador da Greenpeace diz que
não há provas de causa humana
das mudanças climáticas
não há provas de causa humana
das mudanças climáticas
O cofundador da Greenpeace Patrick Moore considera que não há
“nenhuma prova científica” para que o mundo fique alarmado com o
aquecimento global e afirma que as mudanças climáticas “não são causadas
por ação dos seres humanos”.
Falando aos senadores norte-americanos, o ecologista canadiano
considerou que há “pouca correlação” para apoiar uma “relação causal
direta” entre as emissões de dióxido de carbono (CO2) e o aumento das
temperaturas globais.
“Não há nenhuma prova científica de que as emissões humanas de
dióxido de carbono são a causa dominante do maior aquecimento da
atmosfera da Terra ao longo dos últimos 100 anos”, disse Patrick Moore,
citado hoje pelo jornal Independent.
“Se houvesse a tal prova, que fosse escrita para todos verem. Nenhuma
prova real, como é entendido pela ciência, existe”, acrescentou.
A posição de Patrick Moore está a criar inquietação na comunidade científica mundial, segundo o jornal britânico.
Contactado pela Lusa, o ambientalista da Quercus Francisco Ferreira
considerou que as declarações do ecologista canadiano “não fazem
sentido”, até porque, assinalou, “não é um cientista do clima”.
“Têm sido documentados vários interesses de personalidades que têm
vindo a ter este tipo de discurso e ficou provado cada vez mais que, ou
caem no descrédito, ou mudam de opinião. Acho que ele vai mudar. Se
acreditarmos nele vai-nos sair muito caro depois de todo o mal ter sido
feito”, considerou Francisco Ferreira.
O ativista ambientalista criticou igualmente o Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), organismo das
Nações Unidas, por afirmar que "é muito provável" que a atividade humana
seja a “causa dominante” para o aquecimento global, observando que
“extremamente provável” não é um termo científico.
Patrick Moore sublinha que as estatísticas apresentadas pelo IPCC não
são o resultado de cálculos matemáticos ou análise estatística, pelo
que podem ter sido “inventadas” para apoiar “opinião especializada” do
Painel da ONU.
Para o cofundador da organização internacional de defesa do ambiente,
o aumento da temperatura atmosférica na superfície da terra remonta a
Idade do Gelo, quando o CO2 foi “10 vezes maior do que é hoje, mas a
vida humana floresceu" naquela altura.
“Estou consciente de que os meus comentários são contrários à grande
parte da especulação sobre o nosso clima que é hoje frequente”, disse o
ecologista, mostrando-se no entanto confiante que a história lhe dará
razão ao demonstrar que “as temperaturas mais quentes são melhores do
que as temperaturas mais frias para a maioria das espécies”.
Patrick Moore, doutorado em ecologia, é cofundador do principal grupo
pró ambiente do mundo, a Greenpeace, que abandonou em 1986 por
considerar que o grupo se tornou mais interessado em política do que na
ciência.
* EM JULHO DE 2013 EDITÁMOS ESTA ENTREVISTA
ESTARÁ
EXPLICADO?
OU AUMENTA A CONFUSÃO?
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