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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Obras de Miró regressam
a Portugal “até final do mês”
As 85 obras de Miró que têm estado em Londres vão regressar a Portugal "até ao final do mês", garantiu hoje o presidente da Parvalorem.
Numa audição na Comissão de Educação e Cultura, o administrador
explicou que a sociedade chegou a acordo com a leiloeira Christie's
"para realização de novo leilão logo que condições comerciais o
permitam" e garantiu que já foram sanados os procedimentos
administrativos alegadamente irregulares na expedição das obras.
Nogueira Leite explicou também que no final de 2014, o valor que a
Parvalorem e Parups "não tiverem obtido em resultado da venda das obras
de Miró, será pago com o seu próprio dinheiro e terá impacto no défice".
E deixou claro que a intenção sempre foi vender as obras para diminuir
os encargos dos contribuintes com a nacionalização do BPN.
Se isso não acontecer, diz Nogueira Leite, os contribuintes serão
chamados a suportar o valor em causa, uma vez que existe uma dívida a
pagar à Caixa Geral de Depósitos.
Numa audição tensa, com o PS a acusar Nogueira Leite de "embuste" e
de não responder a perguntas pertinentes (nomeadamente quem autorizou a
saída das obras e de que forma foram expedidas paraLondres), o
administrador da Parvalorem alegou estar vinculado a "confidencialidade
contratual" e ter como " única limitação ao esclarecimento pretendido"
aquilo que "diminuir a nossa capacidade de defesa em tribunal".
"Os activos adquiridos pela Parvalorem foram feitos com empréstimo
obrigacionaista, não correponde à verdade a ideia de que [as obras] já
se encontram pagas", esclareceu o responsável pela sociedade constituída
para gerir os activos tóxicos do BPN.
Nogueira Leite explicou ainda que a Parvalorem optou por um contrato
chave na mão, tendo em conta que não é "especialista" em venda de obras
de arte e que o contrato foi adjudicado à Christie's por 0,14% de
diferença em relação aos seus concorrentes. E sublinha que a empresa
esperava com esse contrato chave na mão para que todos os procedimentos
necessários fossem tratados pela Christie's.
O administrador deixou ainda uma crítica dura à actuação da
Procuradoria-Geral da República em todo este processo, sublinhando o
facto de o Ministério Público ter requerido de um "dia para o outro"
duas providências cautelares sobre este tema, "esperando-se a mesma
diligência e empenho venha a ser seguido nas múltiplas queixas da
Parvalorem a propósito de burla".
Para já, Nogueira Leite não esclareceu quem deu autorização para a
saída das obras de Portugal e como decorreu o processo de expedição das
obras para Londres.
* Concluíndo, o sr. Nogueira Leite que gosta de se armar em sabichão em tudo quanto é comunicação social, não percebe de arte, portanto acha natural que um conjunto de quadros de Miró, avaliados inicialmente em 150 milhões passa nun estantinho para 35 milhões. O sr. Nogueira Leite, ícone incontornável da arrogância deslumbrada deste país, não sabe explicar de que modo os quadros aterraram em Londres sem as devidas autorizações regulamentares. O sr Nogueira Leite só sabe o que lhe interessa, que deve ser muito, mas que não é de todo o que interessa aos portugueses.
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