HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Vitamina D sem efeito em doenças
. cardíacas, cancro e fraturas
Prescrição de vitamina D posta em causa, dado os fracos resultados na prevenção de doenças, segundo um estudo.
A toma de vitamina D não tem qualquer efeito protetor
significativo contra as doenças cardiovasculares, o cancro e as
fraturas ósseas, segundo um estudo publicado numa revista médica
britânica.
Investigadores da Nova Zelândia
consultaram 40 estudos para tentar estabelecer a importância da vitamina
D na prevenção de várias doenças.
Para verificar a importância da vitamina D os
investigadores estabeleceram que esta teria de diminuir os riscos das
doenças em 15 por cento.
Os resultados do estudo,
publicados na revista Lancet § Diabetes Endocrinology, revelam que o
suplemento de vitamina D resultou numa diminuição do risco de doenças
cardiovasculares, cancro e fraturas inferior ao limite estabelecido de
15%.
Apenas as pessoas idosas que vivem em
instituições têm beneficiado da vitamina D em combinação com o cálcio,
observando-se uma redução no risco de fraturas superiores a 15%.
"Tendo
em conta estes resultados, é pouco justificável a prescrição da
vitamina D para prevenir enfartes, acidentes vasculares cerebrais (AVC),
cancro ou fraturas ", sublinham os autores do estudo, adiantando que
metade dos adultos americanos toma vitamina D.
A
vitamina D desempenha um papel importante na mineralização óssea,
estimulando a absorção intestinal de cálcio e a sua fixação no osso.
Esta
vitamina é produzida principalmente pelo corpo sob a ação dos raios
ultravioleta (UV) na pele, mas também pode ser fornecida através de
medicamentos.
Vários estudos, muitas vezes
contraditórios, têm sido realizados nos últimos anos sobre a importância
da vitamina D, que é suposto ter um efeito protetor sobre a saúde e a
mortalidade.
Em março de 2013, investigadores
britânicos demonstraram que a ingestão de vitamina D em mulheres
grávidas não teve impacto na saúde dos ossos dos seus filhos.
Mas
em novembro de 2012, outros investigadores estabeleceram uma ligação
entre a carência de vitamina D observada nas mulheres que vivem em áreas
geográficas menos ensolaradas e um risco aumentado de esclerose
múltipla nas crianças.
* Por vezes grupos de investigadores obtêm conclusões diferentes sobre omesmo assunto, também é ciência.
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