ESTE MÊS NA
"PAIS E FILHOS"
Homens e mulheres têm
ligações cerebrais diferentes
Os cérebros das mulheres e dos
homens funcionam de forma diferente. Não é novidade, mas um novo estudo revelou
que isso acontece porque os cérebros dos homens e das mulheres estão conectados
de maneira diferente.
Os cientistas da Universidade
da Pensilvânia realizaram tomografias de cérebros de aproximadamente mil homens
e mulheres, entre os nove e os 22 anos, e verificaram várias diferenças.
Nos homens, existe uma maior
quantidade de conexões na parte frontal do cérebro - centro de coordenação das
ações - e na parte de trás, onde se encontra o cerebelo, importante para a
intuição. As imagens também mostram grande quantidade de conexões dentro de
cada um dos hemisférios do cérebro.
Já nas mulheres, há mais
conexões entre o hemisfério direito - onde se situa a capacidade de análise e
tratamento da informação - e o hemisfério esquerdo, centro da intuição.
Essas diferenças podem explicar
por que os homens, em geral, tendem a ter maior facilidade para aprender ou
fazer uma única tarefa, como andar de bicicleta e se localizar, enquanto que as
mulheres são mais aptas a realizar múltiplas tarefas, afirmaram os
investigadores. O estudo concluiu ainda que as mulheres são superiores em
atenção, na memorização de palavras e rostos, e nos desafios de inteligência
social, mas os homens são mais rápidos para absorver e tratar a informação.
Estudos realizados no passado
já haviam mostrado diferenças entre os cérebros masculino e feminino, mas esta
conectividade neuronal de regiões no conjunto do cérebro jamais tinha sido
vinculada a aptidões cognitivas num grupo tão grande.
«É também impressionante constatar o quanto os cérebros da
mulher e do homem são realmente complementares», disse Ruben Gur, professor de
psicologia da faculdade de medicina da Universidade da Pensilvânia e coautor do
trabalho. "Os mapas detalhados do cérebro não só nos ajudarão a melhor
entender as diferenças entre como os homens e as mulheres pensam, mas também
nos dará maior compreensão sobre as origens dos transtornos neurológicos, que
normalmente têm estreita ligação com o sexo”, acrescentou.
O estudo foi divulgado na
publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences
(PNAS).
* A importância de sermos um excepcional laboratório.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário