HOJE NO
"PÚBLICO"
Director do SICAD faz balanço positivo
. dos 6 meses de fecho das smartshops
João Goulão diz que houve queda vertiginosa nas idas às urgências.
O director do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e
nas Dependências (SICAD) fez hoje um balanço “claramente positivo” dos
seis meses da entrada em vigor da lei que proibiu a venda de drogas em smartshops.
UMA GRANDE VITÓRIA |
“Aquilo que temos como dado
objectivo é uma queda quase vertiginosa do número de urgências
hospitalares relacionado com o uso destas substâncias”, disse João
Goulão, que falava aos jornalistas à margem da conferência “Novas
adições, Novos desafios”, organizada pela Administração Regional de
Saúde (ARS) do Norte.
O responsável do SICAD referiu que desde
que a lei foi aprovada houve “um encerramento quase total das lojas,
porque deixaram de ser viáveis do ponto de vista económico”. Algumas
sobrevivem com “a venda de objectos, parafernália relacionada com o uso
de substâncias, como sejam cachimbos mortalhas e outro material, mas não
vendem as substâncias”.
“Tanto quanto sei, há duas lojas que
continuam abertas. Ainda bem que conseguem sobreviver sem vender as
substâncias que agora foram proibidas”, acrescentou.
De acordo com o responsável, a maioria destas smartshops sobreviviam vendendo substâncias novas que eram legais porque não houve tempo para as proibir.
“A
sua comercialização beneficiava aqui de uma janela de oportunidade, que
em alguns casos era de alguns meses, noutros de anos, durante os quais
eram comercializadas, ocasionando numerosos problemas, traduzidos,
nomeadamente, no recurso às urgências hospitalares por parte dos
consumidores”, frisou.
Em Abril, o Governo decidiu proibir a
venda de 159 substâncias psicoactivas, o que levou ao desaparecimento
quase por completo das chamadas smartshops.
A conferência Novas Adições, Novos Desafios
visou sensibilizar os participantes para a adequação da intervenção
dois profissionais às novas necessidades emergentes, promovendo
respostas interinstitucionais, com impacto nos ganhos em saúde da
população.
* Esta notícia enche-nos de contentamento, só gostaríamos de saber que foi o responsável pela abertura de entrepostos legais de droga.
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