HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Inspecção arrasa com gestão
dos centros de saúde de Lisboa
A Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS) detectou uma série
de irregularidades nos Agrupamentos de Saúde da Região de Lisboa e Vale
do Tejo (ARSLVT) que lesam o Estado em 17 milhões de euros.
Ajustes directos indevidos e não justificados, pagamentos a duplicar
de ajudas de custo, desperdício e inutilização de materiais clínicos e
medicamentos, pagamento de juros de mora por atrasos de pagamentos, são
algumas das situações relatadas no relatório da IGAS, a que o Económico
teve acesso.
A auditoria revela ainda que em algumas situações não foram aplicados
os cortes de 3,5% a 10% sobre os salários dos funcionários destas
unidades de saúde.
Também a nível da elaboração do orçamento e execução orçamental
nestas unidades, os inspectores concluíram "o cumprimento da regra de
equilíbrio orçamental apenas é conseguido com recurso a alterações
orçamentais, não para fazer face a responsabilidades de cariz
excepcional (...) mas sim para suprir responsabilidades necessidades
correntes, conhecidas, expectáveis e de cariz sistemático".
Na análise económica-financeira da ARSLVT, a IGAS concluiu que esta
entidade registou prejuízos de 116 milhões de euros em 2010 e o
"avolumar de responsabilidades para com credores".
Tendo-se deparado com incoerências nos números, a IGAS deixa uma
última crítica: A informação disponibilizada por um sistema informático
responsável pela gestão contabilística de uma instituição da dimensão da
ARSLVT, que gere um orçamento anual de cerca de 1,5 mil milhões de
euros, não deve (ou não pode) produzir informação com a coerência e
qualidade da apresentada, ou seja, com incoerências sobre a mesma
informação contabilística".
A auditoria ao procedimento de controlo interno das operações de
controlo do orçamento da Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo,
relativa ao ano de 2010, mas que só foi concluída este ano, recomenda
assim que seja desenvolvido um manual de controlo interno e sejam
realizadas auditorias internas regulares.
* Os agrupamentos têm gestores que segundo o relatório não cumpriram cabalmente as funções que lhe foram confiadas, se fosse no sector privado eram despedidos e no público sr. ministro?
É que a maior parte desses gestores não são funcionários, estão "adesivados" ao Estado através dos partidos.
São os doentes que pagam estes erros e também os cidadãos que já não têm vacinas contra a gripe.
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