08/11/2013

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Inspecção arrasa com gestão 
dos centros de saúde de Lisboa

A Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS) detectou uma série de irregularidades nos Agrupamentos de Saúde da Região de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) que lesam o Estado em 17 milhões de euros.

Ajustes directos indevidos e não justificados, pagamentos a duplicar de ajudas de custo, desperdício e inutilização de materiais clínicos e medicamentos, pagamento de juros de mora por atrasos de pagamentos, são algumas das situações relatadas no relatório da IGAS, a que o Económico teve acesso.

A auditoria revela ainda que em algumas situações não foram aplicados os cortes de 3,5% a 10% sobre os salários dos funcionários destas unidades de saúde.

Também a nível da elaboração do orçamento e execução orçamental nestas unidades, os inspectores concluíram "o cumprimento da regra de equilíbrio orçamental apenas é conseguido com recurso a alterações orçamentais, não para fazer face a responsabilidades de cariz excepcional (...) mas sim para suprir responsabilidades necessidades correntes, conhecidas, expectáveis e de cariz sistemático".
Na análise económica-financeira da ARSLVT, a IGAS concluiu que esta entidade registou prejuízos de 116 milhões de euros em 2010 e o "avolumar de responsabilidades para com credores".

Tendo-se deparado com incoerências nos números, a IGAS deixa uma última crítica: A informação disponibilizada por um sistema informático responsável pela gestão contabilística de uma instituição da dimensão da ARSLVT, que gere um orçamento anual de cerca de 1,5 mil milhões de euros, não deve (ou não pode) produzir informação com a coerência e qualidade da apresentada, ou seja, com incoerências sobre a mesma informação contabilística".

A auditoria ao procedimento de controlo interno das operações de controlo do orçamento da Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo, relativa ao ano de 2010, mas que só foi concluída este ano, recomenda assim que seja desenvolvido um manual de controlo interno e sejam realizadas auditorias internas regulares.

* Os agrupamentos têm gestores que segundo o relatório não cumpriram cabalmente as funções que lhe foram confiadas, se fosse no sector privado eram despedidos e no público  sr. ministro?
 É que a maior parte desses gestores não são funcionários, estão "adesivados" ao Estado através dos partidos.  
São os doentes que pagam estes erros e também  os cidadãos que já não têm vacinas contra a gripe.

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