29/11/2013



HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Seis banqueiros portugueses receberam 
pelo menos um milhão de euros 
Remunerações astronómicas em 2012

Seis banqueiros portugueses receberam pelo menos um milhão de euros de remuneração em 2012, segundo a informação hoje divulgada pela Autoridade Bancária Europeia (EBA em inglês).

 A EBA divulgou hoje um relatório que indica quantos trabalhadores dos bancos europeus auferiram em 2012 pelo menos um milhão de euros, incluindo salários, bónus, prémios e contribuição para a pensão, a partir dos dados recolhidos em cada país pelas autoridades nacionais. 


Segundo a EBA, em 2012, seis banqueiros portugueses tiveram rendimentos de pelo menos um milhão de euros: três da banca de retalho e três de outros ramos da atividade bancária. Os primeiros receberam, no total, 1,438 milhões de euros em remuneração fixa, dois milhões em remuneração variável e 695 mil euros em remuneração variável diferida, a que se somam ainda 995 mil euros de benefícios para pensão. 

Assim, em média, cada um destes banqueiros recebeu 1,147 milhões de euros em 2012. A remuneração foi ainda mais alta nos banqueiros de outras áreas do setor bancário: 1,577 milhões de euros cada um, em média. 

A maior fatia dos rendimentos destes banqueiros veio da remuneração fixa, de 3,563 milhões de euros. Em remuneração variável o valor ascendeu a 2,336 milhões de euros, dos quais 1,168 milhões de euros em diferida. Entre os países com maior número de trabalhadores de bancos que receberam mais de um milhão de euros em 2012 estão Reino Unido, com 2714, Alemanha (212), França (177) e Espanha (100). 

No final de setembro deste ano, o Banco de Portugal enviou uma instrução aos bancos para saber quantos funcionários das oito principais instituições – à Caixa Geral de Depósitos (CGD), ao BPI, ao BES, ao BCP, ao Santander Totta, ao Crédito Agrícola, ao Montepio Geral e ao Banif - ganham mais de um milhão de euros por ano.

* Num país que financeiramente é um protectorado e tem 25% da população a viver em estado de pobreza absoluta, estas remunerações são um insulto à dignidade.

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