HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Durão Barroso e a crise na zona euro
"Ataques à legitimidade
do próprio projeto europeu"
O presidente da Comissão Europeia disse hoje que a crise aumentou os ataques à legitimidade não só dos políticos como do próprio projeto europeu, reconhecendo que há falhas nos mecanismos de comunicação para aproximar a Europa dos cidadãos.
Falando no final de uma reunião com representantes de organizações filosóficas e não-confessionais, em Bruxelas, José Manuel Durão Barroso comentou que, “desde o início da crise, tem-se assistido a um fosso crescente entre os cidadãos e os políticos”, agravado pelo facto de os primeiros não perceberem de que modo decorre o processo de decisão, sobretudo ao nível europeu.
“Temos de reconhecer que enquanto alguns movimentos populistas e algumas das forças extremistas da Europa já lá estavam bem antes da crise, e sabemos que muitas vezes tal está associado à migração, a realidade é que hoje, também devido às dificuldades em termos económicos e ao problema real do desemprego, há uma espécie de ataque não só à legitimidade dos políticos, mas também à legitimidade do projeto europeu”, considerou.
Durão Barroso disse acreditar que “uma das razões para tal é a dificuldades com os mecanismos de comunicação e os mecanismos de representação”, pois “nem sempre os cidadãos veem como as decisões são tomadas”, o que é um problema em particular ao nível da UE, já que as decisões têm de ser tomadas entre 28 países, parlamentos nacionais e instituições europeias.
O presidente do executivo comunitário sustentou que, “neste período conturbado, é mais do que nunca importante reassegurar aos cidadãos de que eles estão no coração do projeto europeu” e de que “as decisões tomadas em Bruxelas e nas capitais nacionais não são contra eles, mas sim a seu favor”.
* Não é a crise que aumenta os ataques à legitimidade dos políticos, é o despudor dos mesmos de braços abertos ao compadrio e à corrupção.
O próprio Durão Barroso deixou de chefiar um governo em Portugal quando lhe acenaram com a presidência da Comissão, a troco de mais €s e muitas "genuflexões".
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