03/10/2013

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HOJE NO
"PÚBLICO"

Dezenas de empresários vítimas de burla que os lesou em dois milhões de euros

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou nesta quinta-feira ter desmantelado um grupo que terá burlado entre cinco a seis dezenas de empresários portugueses, que terão sido lesados num montante total que pode ultrapassar os dois milhões de euros. O esquema passava por prometer financiamentos avultados aos empresários que pagariam uma comissão à cabeça, acabando por não beneficiar de qualquer empréstimo.


Na Operação Alta Finanza foi detida uma mulher de 55 anos, que já se encontra presa preventivamente. A polícia continua no encalço de outros suspeitos estrangeiros.

A fraude usada teve origem em Itália, mas há alguns anos que era desenvolvida em Portugal, sendo descrita pela PJ como burla qualificada de cariz internacional. “O esquema consistia na promessa de financiamentos de montantes invulgarmente elevados, que nunca vieram a concretizar-se, levando as vítimas ao pagamento de avultadas quantias que, supostamente, seriam necessárias à efectivação desses financiamentos”, explica a Unidade Nacional de Combate à Corrupção, em comunicado.

Os empresários eram atraídos pelas condições extremamente vantajosas dos alegados empréstimos, que em alguns casos ultrapassariam os 100 milhões de euros. Além de se pedirem taxas de juro baixas não eram solicitadas garantias. A comissão e os encargos que as vítimas pagaram variava em função do valor do alegado financiamento, tendo chegado a atingir os 200 mil euros.

A mulher detida seria a responsável pela angariação dos clientes em Portugal e dizia-se representante de pessoas bem colocadas na alta finança internacional. Para credibilizar a burla vários empresários viajaram para o estrangeiro, para conhecer os alegados financiadores. Muitos, apesar de aguardarem há anos pelo dinheiro dos empréstimos, não apresentaram qualquer queixa às autoridades portuguesas, alegando ainda acreditar que o financiamento fosse efectuado.

* Nós temos o cavalo de D. José para vender, um bom preço, D. José vai ter que ficar apeado por causa da crise.

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