HOJE NO
"PÚBLICO"
Dezenas de empresários vítimas de burla que os lesou em dois milhões de euros
A Polícia Judiciária (PJ) anunciou nesta quinta-feira ter
desmantelado um grupo que terá burlado entre cinco a seis dezenas de
empresários portugueses, que terão sido lesados num montante total que
pode ultrapassar os dois milhões de euros. O esquema passava por
prometer financiamentos avultados aos empresários que pagariam uma
comissão à cabeça, acabando por não beneficiar de qualquer empréstimo.
Na Operação Alta Finanza
foi detida uma mulher de 55 anos, que já se encontra presa
preventivamente. A polícia continua no encalço de outros suspeitos
estrangeiros.
A fraude usada teve origem em Itália, mas há alguns
anos que era desenvolvida em Portugal, sendo descrita pela PJ como
burla qualificada de cariz internacional. “O esquema consistia na
promessa de financiamentos de montantes invulgarmente elevados, que
nunca vieram a concretizar-se, levando as vítimas ao pagamento de
avultadas quantias que, supostamente, seriam necessárias à efectivação
desses financiamentos”, explica a Unidade Nacional de Combate à
Corrupção, em comunicado.
Os empresários eram atraídos pelas
condições extremamente vantajosas dos alegados empréstimos, que em
alguns casos ultrapassariam os 100 milhões de euros. Além de se pedirem
taxas de juro baixas não eram solicitadas garantias. A comissão e os
encargos que as vítimas pagaram variava em função do valor do alegado
financiamento, tendo chegado a atingir os 200 mil euros.
A
mulher detida seria a responsável pela angariação dos clientes em
Portugal e dizia-se representante de pessoas bem colocadas na alta
finança internacional. Para credibilizar a burla vários empresários
viajaram para o estrangeiro, para conhecer os alegados financiadores.
Muitos, apesar de aguardarem há anos pelo dinheiro dos empréstimos, não
apresentaram qualquer queixa às autoridades portuguesas, alegando ainda
acreditar que o financiamento fosse efectuado.
* Nós temos o cavalo de D. José para vender, um bom preço, D. José vai ter que ficar apeado por causa da crise.
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