HOJE NO
" JORNAL DE NEGÓCIOS"
Maioria deixa passar projecto de lei
do PS para reduzir IRC
Proposta dos socialistas visa baixar a taxa para 12,5% nos primeiros 12.500 euros de lucros
A maioria PSD/CDS-PP viabilizou quinta-feira, abstendo-se, o
projecto de lei do PS para a redução da taxa do IRC para 12,5% para os
primeiros 12.500 euros de lucros, apoiando as pequenas e médias empresas
(PME), tal como o Negócios já havia antecipado. O projecto de lei foi aprovado com os votos favoráveis do PS, PCP, BE e PEV e a abstenção de PSD e CDS-PP.
Esta
foi a única iniciativa do PS discutida quinta-feira no Parlamento que
foi viabilizada pela maioria. PSD e CDS-PP recusaram o projecto de lei
para a redução do IVA da restauração de 23 para 13%, assim como o
projecto de lei para a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis,
através da actualização da fórmula de cálculo do valor patrimonial
fiscal.
A maioria que apoia o Governo chumbou ainda o
projecto de resolução apresentado pelos socialistas recomendando ao
Governo que "não atrase mais o apoio social aos idosos sem recursos para
suportar o aumento das rendas, provocados pela nova lei".
Reforma do IRC deve atender à competitividade do País
O
deputado do PS Mota Andrade tinha argumentado, na sua intervenção
durante o debate, que "a propalada reforma do IRC deve atender à
competitividade do país, mas tal não pode confundir-se com uma mera
redução de tributação".
"As alterações ao nível do
IRC não poderão consistir apenas num bónus para as grandes empresas que
actualmente suportam a receita de IRC sem que tal tenha efeito real de
incentivo ao crescimento e ao emprego. Em nosso entendimento, a redução
das taxas de IRC deve beneficiar em primeira linha as empresas de menor
dimensão e que se debatem com maiores problemas", sustentou.
O
PSD, através do deputado Cristóvão Crespo, começou por acusar o PS de
tratar com "ligeireza" os problemas do país, responsabilizando os
socialistas pela inclusão no memorando da troika de muitas das medidas
que agora combate.
Sobre o IVA na restauração, o
também deputado do PSD Paulo Batista Santos disse que a maioria
apresentará "a sua visão" sobre a matéria no Orçamento do Estado para
2014, depois de a deputada do PS Hortense Martins ter acusado os
sociais-democratas e os democratas-cristãos de terem um "preconceito" em
relação ao sector.
"Vêm dizer que a culpa é da
troika, como é que culpa é da troika se na Irlanda e na Grécia a troika
autorizou descida do IVA da restauração? Não se escondam atrás da
troika", desafiou a deputada.
Quinta-feira foram
também recusados pela maioria PSD/CDS-PP os projectos de lei do PCP para
repor a taxa do IVA nos serviços de alimentação e bebidas em 13%, assim
como a "reposição da isenção do IVA na prestação de serviços e
actividades produtoras na agricultura e por uma justa fiscalidade
aplicada à agricultura familiar".
* Percebe-se que os interesses dos principais partidos e as suas lutas, superam a importância do país.
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