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" JORNAL DE NEGÓCIOS"
Custo do trabalho no sector privado
caiu 6,9% desde 2008
Desde 2008, o custo total por hora trabalhada
calculado na óptica do empregador subiu 9,5% na Zona Euro. Em Portugal
caiu 6,9% e na Grécia desceu mais de 21%.
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Os custos do trabalho em Portugal
subiram no segundo trimestre deste ano, o que não acontecia desde o
último trimestre de 2010, enquanto no conjunto da Zona Euro o
seu aumento prosseguiu, mas a menor ritmo.
De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 16 de Setembro,
pelo Eurostat, o custo total por hora trabalhada subiu em termos
homólogos 0,3%, registando a primeira variação positiva em dois anos e
meio. Esta evolução foi justificada por uma subida dos custos
não-salariais (possivelmente relacionada com o pagamento de subsídios em
regime de duodécimos e prémios de fim do ano e distribuição de lucros),
já que os salários voltaram a recuar (-0,1%), ainda que muito menos do
que nos períodos precedentes.
Este movimento em Portugal foi acompanhado de uma desaceleração do
crescimento homólogo do custo por hora trabalhada na média dos países da
Zona Euro, cuja taxa de variação passou, entre o primeiro e o segundo
trimestres, de 1,7% para 0,9%.
Assumindo 2008 como ano de base (ou de referência), o custo total por
hora trabalhada caiu em Portugal 6,9%, tendo na Grécia recuado desde
então 21,2%. O Eurostat, que reviu os seus números, não apresenta dados
para a Irlanda. No conjunto da Zona Euro, o custo médio do
trabalho subiu 9,5%. Os crescimentos mais expressivos observaram-se na
Bulgária (41,6%) e Roménia (30,2%), países onde o valor absoluto do
custo por hora trabalha permanece dos mais baixo, em torno de
quatro euros, o que compara, por exemplo, com 12 euros em Portugal e 28
na média na Zona Euro (segundo dados do Eurostat relativos a 2012).
Este indicador, muito usado para aferir a evolução da competitividade
relativa das economias, mede os custos do trabalho na óptica da
entidade empregadora, pelo que cobre os salários (que, no caso
português explicam quase 80% do custo total suportado pela entidade
patronal) e os custos não salariais, como as contribuições sociais a
cargo do empregador. Os dados divulgados pelo Eurostat excluem o sector
agrícola e as administrações públicas.
* Se o Eurostat levasse em linha de conta o sector agrícola e as administrações públicas a queda de 6,9% teria o valor de 8,5% no mínimo.
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