HOJE NO
" DIÁRIO ECONÓMICO"
Encerradas 2,6 milhões de
contas à ordem em 2012
A crise fica também patente na diminuição do número de balcões, terminais de pagamento e transferências a crédito.
Os portugueses encerraram 2,6 milhões de contas à ordem no último
ano, de acordo com os dados ontem publicados pelo Banco de Portugal. Um
movimento inédito pela sua dimensão e que terá custado aos bancos cerca
de 156 milhões de euros em comissões de manutenção de conta.
Segundo a
Associação de Defesa do Consumidor (Deco), que tem actualmente uma
petição a decorrer precisamente pelo fim destes encargos, a comissão
média das contas à ordem aumentou de 42 euros em 2007 para os actuais 60
euros. Ou seja, um aumento de 41% desde o início da crise financeira.
Esta é apenas a segunda vez, desde que existe histórico
disponível (2005), que se regista uma diminuição do número de contas
abertas em Portugal.
Em 2009, no rescaldo da crise financeira, os
portugueses fecharam 67 mil contas de depósito à ordem, uma fracção dos
2,6 milhões de contas agora encerradas.
João Fernandes, economista da
Deco, nota que embora as comissões sejam elevadas, "afirmar que essa foi
a principal razão que levou os portugueses a encerrarem as contas não
deixa de ser especulação". Adiantando no entanto que: "Pessoas que
tinham duas ou três contas à ordem e que decidiram ficar só com uma na
óptica de diminuição de custos é uma explicação possível. Mas não
podemos afirmar com certeza o que justificou esta diminuição, que não
deixa de ser relevante". Por outro lado, o desaparecimento de milhares
de empresas também terá contribuído para o enorme encerramento de
contas.
* Empresas falidas e desemprego, resultado à vista.
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