HOJE NO
" JORNAL DE NEGÓCIOS"
Estado pode ter de assumir créditos do BPN superiores a 100 milhões de euros
A ministra das Finanças afirmou hoje que o Estado
poderá ainda assumir duas linhas de crédito com um valor superior a 100
milhões de euros que o BIC recusou aceitar quando comprou o BPN.
Maria Luís Albuquerque falava na
comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, em resposta a
um agendamento potestativo do Bloco de Esquerda, depois de a 15 de
Julho, o jornal Público ter noticiado que o BIC, que pagou 40 milhões de
euros pelo Banco Português de Negócios (BPN), já enviou para as
finanças facturas de cerca de 100 milhões de euros ao abrigo do contrato
de execução assinado com a actual ministra das Finanças.
No entanto, a ministra das Finanças disse não ter conhecimento deste
valor, nem que tal tivesse acontecido, mas explicou, entretanto, que
existe "um outro montante que é superior" relativamente a outro caso.
Maria Luís Albuquerque explicou então que existem duas linhas de
crédito do BPN ao BPN Crédito e ao banco Efisa, que o BIC rejeitou
quando comprou o banco, algo que o contrato de compra e venda do banco
BPN lhe permite fazer.
A governante afirmou que estes dois bancos - Efisa e BPN Crédito -
estão em processo de alienação, estando o Governo já em contacto com a
Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia para "perceber as
restrições que existem".
Neste processo, o Governo tentará, segundo a ministra, negociar uma
solução que envolva a assunção destes créditos por quem comprar o Efisa
ou o BPN Crédito, ou que cheguem a acordo com o BIC para assumir estes
créditos.
Os créditos continuam no entanto na posse do BIC, que os terá rejeitado desde o início.
* O belo presente que Socrates e Teixeira dos Santos nos deram.
Quando da compra do BPN o BIC ficou com o bife de lombo e agora os portugueses que rilhem os ossos, há bons negócios.
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