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HOJE NO
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Escolas podem não ter sinalizado
todos os alunos em carência alimentar,
diz Ministro
O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, admitiu hoje que as
escolas possam não ter tido este ano letivo a capacidade de identificar
todos os alunos com necessidades alimentares, mas garantiu que, dos
identificados, nenhum ficou sem apoio.
No final de uma conferência
de imprensa para apresentar o balanço do primeiro ano de aplicação, nas
escolas, do Programa Escolar de Reforço Alimentar (PERA), o ministro
Nuno Crato admitiu também que, com maior vigilância, outros casos de
necessidades alimentares entre os alunos podem ser detetados, garantindo
apoio para todos.
“Não estou a prever maiores dificuldades para o
próximo ano letivo, mas sabemos que há dificuldades que ainda não estão
satisfeitas. Portanto, a maior colaboração de todos será essencial para
alargar o programa a mais pontos do país. Nós esperamos que as escolas
detetem essas necessidades e que haja sempre empresas que possam
colaborar”, afirmou Nuno Crato.
O ministro sublinhou que “há uma
ligação muito direta” entre uma má alimentação e os maus resultados
escolares, referindo que um aluno mal alimentado é um aluno que “não
está na posse de todas as suas faculdades”, nomeadamente a capacidade de
concentração.
De acordo com os números apresentados hoje pelo
Ministério da Educação e Ciência (MEC), 79% dos alunos apoiados este ano
letivo pelo PERA transitaram de ano, 50% dos alunos melhoraram o seu
aproveitamento escolar e 42% tiveram melhorias ao nível do comportamento
na sala de aula.
O programa que abrange o território continental
de Portugal, que vai ter continuidade no próximo ano letivo, envolve
parcerias entre o Ministério e diversas empresas de produção e
distribuição alimentar, assim como empresas de transporte.
No ano letivo de 2012-2013 foram apoiados pelo PERA 10.186 alunos de 387 agrupamentos e escolas.
O programa foi criado para colmatar situações de emergência de crianças que chegam à escola sem tomar o pequeno-almoço.
* Foram os partidos do "arco da governação" que puseram estas crianças a passar fome, convém não esquecer.
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