26/07/2013

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HOJE NO

 " JORNAL DE NEGÓCIOS"

Há cinco anos que não se criavam 
tantos negócios em Portugal

Nos primeiros seis meses deste ano foram criados em Portugal 20.051 negócios, mais do dobro das empresas que fecharam ou estão insolventes.

As empresas e empregos criados estão longe de compensar os negócios extintos e os postos de trabalho perdidos, mas há uma dinâmica empresarial em curso no Portugal produtivo de 2013. Desde Dezembro passado que, mês após mês, as estatísticas comparam em crescendo o número de empresas constituídas em relação ao ano passado. Há cinco anos que não se criavam tantos negócios em Portugal. E pela primeira vez desde 2009, o número de insolvências caiu.

Nos primeiros seis meses deste ano, foram constituídas no País 20.051 novas empresas, mais 17,8% do que na primeira metade do ano passado, de acordo com o Barómetro Empresarial Informa D&B, publicado esta sexta-feira. Até Março, o ritmo de crescimento foi de quase 25% - cerca de 46% em Janeiro, o mais alto nos últimos cinco anos –, tendo o segundo trimestre confirmado a tendência positiva do primeiro ao firmar uma subida homóloga de 8,6%.

"Esta tendência, a manter-se no segundo semestre, poderá transformar o ano de 2013 no mais alto em termos de constituições desde 2009", enfatiza a Informa D&B. Já as insolvências de empresas, depois de subirem consecutivamente durante cinco anos, fecharam o primeiro semestre com uma queda homóloga de 6,2%, correspondentes a 3.018 processos iniciados. Um fenómeno que, apesar de tudo, deverá ser relativizado tendo em conta que o programa Revitalizar, que absorve algumas das tradicionais insolvências, arrancou há pouco mais de um ano.

Ainda segundo a análise da Informa D&B, que utiliza os dados publicados no portal do Ministério da Justiça, o desaparecimento de empresas também está em regressão. No primeiro semestre foram fechadas definitivamente (dissoluções) 6.848 empresas, menos 16,8% do que no mesmo período do ano passado. Se este nível de encerramentos se mantiver durante o resto de 2013, realça a consultora, "será mais baixo do que o total de encerramentos registados em 2011".

Construção em alta
De regresso às estatísticas que determinam o saldo líquido largamente positivo entre as criações e as extinções e insolvências, verifica-se que é nos sectores mais penalizados pelas falências que mais aberturas se registaram na primeira metade do ano. São os casos dos ramos dos serviços (mais 20% de empresas constituídas e menos 31% de insolvências) e da construção (mais 18% de aberturas e menos 18% de negócios insolventes).

Em termos geográficos, dos distritos mais representativos, Aveiro, Porto, Braga e Leiria registaram um crescimento homólogo superior a 20% na constituição de empresas. À excepção do de Leiria, todos os outros fecharam o semestre com menos empresas declaradas insolventes. No distrito de Lisboa houve mais 11,7% constituições e 11,2% insolvências.



* Os índices são frágeis e podem regredir  no 2º semestre. No que respeita às insolvências convém perceber que o número  das empresas falidas em 2013 diminuiu ridiculamente  em 201!

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