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Comissão para a reforma do IRC quer descida de taxa para 19% em cinco anos
A descida da taxa, atualmente nos 23%, foi uma “decisão consensual”
A taxa de IRC deverá ser reduzida para 19% num prazo de cinco anos
como forma de atrair o investimento, defendeu hoje o presidente da
Comissão para a Reforma do IRC, António Lobo Xavier.
“A taxa de
IRC é muito elevada em Portugal, é uma das três mais elevadas da Europa
e, portanto, tem um caráter desadequado numa pequena economia com
problemas estruturais e muito aberta”, explicou Lobo Xavier na
apresentação do anteprojeto para a reforma do IRC, que está a decorrer
em Lisboa.
A descida da taxa, atualmente nos 23%, foi uma “decisão
consensual”, adiantou o presidente da comissão, sublinhando que a
comissão considerou que essa redução devia ser gradual.
“Deve ser
feita uma redução progressiva, mas com período limitado para não
interferir com ciclos de investimento”, considerou, acrescentando que a
comissão propôs um período de cinco anos para essa descida da taxa.
No
documento apresentado sobre as principais medidas da reforma, a
comissão adianta que a redução progressiva das taxas de IRC passa pela
“eliminação gradual da derrama municipal e estadual” para que, “no médio
prazo, a taxa nominal do IRC se situe abaixo do primeiro quadril das
taxas em vigor na União europeia (19%, em 2012)”.
António Lobo
Xavier sublinhou, no entanto, que esta descida da taxa não será
estendida a sócios e acionistas das empresas, para que “esta redução não
se traduza numa redução da redução da tributação global sobre os
lucros”.
Daí que, a comissão recomende que ao mesmo tempo que
desce a tributação sobre as empresas, deverá aumentar a taxa de
tributação sobre os dividendos das pessoas singulares”, afirmou.
* Dividendos só têm os muitíssimos ricos.
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