HOJE NO
"PÚBLICO"
Francisco escolhe oito cardeais
para estudarem reforma da Cúria
Do novo Papa esperam-se mudanças, muitas no interior do governo da
Igreja, a Cúria Romana. Antes de se conhecerem os seus nomeados para os
principais cargos, como a secretaria de Estado, Francisco criou um
comité de oito cardeais para o aconselharem nas desejadas reformas no
Vaticano.
Os cardeais escolhidos pelo
Papa argentino vêm da Itália, do Chile, da Índia, da Alemanha, da
República Democrática do Congo, dos Estados Unidos, da Austrália e das
Honduras. Um arcebispo italiano funcionará como secretário do grupo e a
primeira reunião formal do comité está prevista para Outubro.
Falta muito para essa primeira reunião, mas Francisco já está em contacto com estes cardeais, fez saber o Vaticano este sábado.
Ainda
antes da missa de inauguração do seu pontificado, o bispo de Roma
anunciou que manteria provisoriamente nos seus cargos todos os altos
funcionários do Vaticano – e, por isso, o polémico e criticado cardeal
Tarcisio Bertone ainda é o secretário de Estado. “O santo padre deseja
reservar-se um certo tempo para a reflexão, a oração e o diálogo, antes
de qualquer nomeação ou confirmação definitiva”, explicou então o
porta-voz do Vaticano, padre Lombardi.
Francisco, o primeiro bispo
de Roma em 600 anos a suceder a um Papa vivo, herda uma Igreja Católica
manchada por escândalos: abusos sexuais de membros do clero, corrupção,
conflitos internos. Das mãos de Ratzinger (Bento XVI, que resignou)
recebeu o Relationem, o relatório encomendado pelo agora Papa
emérito a uma comissão de cardeais depois da publicação, há um ano, de
centenas de documentos retirados da secretária do Papa (Vatileaks).
A
correspondência, que retrata uma Cúria podre e entregue às lutas de
poder de grupos adversários, tem muitos protagonistas, mas Bertone é
figura central. Para além do funcionamento interno da Igreja, espera-se
que Francisco imponha mudanças radicais no Instituto para as Obras da
Religião (o banco do Vaticano), cujas transacções foram bloqueadas pelo
Banco de Itália por falta de respeito das normas que visam impedir que
os bancos sejam usados para lavar dinheiro.
* Sugerimos como primeira atitude a impolosão do Banco do Vaticano, verdadeira lavandaria do terrorismo internacional.
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