HOJE NO
"PÚBLICO"
Microsoft admite “erro”
que levou a multa da UE
A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira uma pesada multa à empresa americana, no valor de 561 milhões de euros, correspondentes a 1% da facturação em 2012.
A Microsoft admitiu que foi um “erro” o que levou a que deixasse de
apresentar, na sequência de uma actualização ao Windows, uma janela com a
apresentação de vários browsers para além do Internet Explorer, que vem
instalado com aquele sistema operativo.
“Já pedimos desculpas por
isso”, afirmou a Microsoft em comunicado. “Disponibilizámos à Comissão
[Europeia] um relatório completo e honesto da situação, e tomámos
medidas para melhorar o nosso desenvolvimento de software e os outros
processos de forma a ajudar a evitar erros destes – ou algo semelhante –
no futuro.”
A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira uma pesada multa
à empresa americana, no valor de 561 milhões de euros, correspondentes a
1% da facturação em 2012. Desde 2010 que o regulador europeu obrigava a
Microsoft a mostrar aos utilizadores do Windows uma janela com vários
browsers alternativos ao Internet Explorer, cuja pré-instalação no
sistema operativo (que domina praticamente todo o mercado dos
computadores pessoais) foi considerada uma prática anticoncorrencial.
Esta janela de escolha tinha links para browsers como o Firefox, Opera e
Google Chrome, mostrados numa ordem aleatória.
Porém, uma
actualização do Windows 7 (chamada Service Pack 1 e distribuída entre
meados de 2011 e meados de 2012) não exibia aos utilizadores a janela de
escolha, o que desencadeou a investigação que culminou na multa. Os
browsers são, em geral, programas gratuitos, mas incluem uma série de
predefinições que afectam o comportamento dos utilizadores e a afluência
a serviços online, como motores de busca, que são rentabilizados de
várias formas, incluindo publicidade.
O comissário europeu para a
concorrência, o espanhol Joaquín Almunia, afirmou que a multa deverá
servir de exemplo: “Espero que isto leve as empresas a pensar duas vezes
antes de considerarem a hipótese de falharem as suas obrigações
internacionais.”
* Um "erro" com uma multa quase de borla...
.
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