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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
ILGA processa Estado por não
permitir adoção por gays
A ILGA Portugal, associação que defende os direitos dos homossexuais e lésbicas, disse hoje que entregou uma ação contra o Estado português, por não permitir a co-adoção de crianças em casais do mesmo sexo.
PAI HETEROSSEXUAL |
A ação popular foi
entregue no Tribunal Administrativo de Lisboa e visa também o
Ministério da Justiça e o Instituto de Registos e Notariado, indicou a
Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero (ILGA), em comunicado.
A
iniciativa da associação baseia-se na condenação recente da Áustria,
pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, por não permitir a co-adoção
de crianças em casais do mesmo sexo, quando a permite em casais
heterossexuais.
"Não temos dúvidas de que esta violação de
direitos humanos acontece em Portugal e queremos, portanto, que a
justiça para as famílias arco-íris não falhe - e também não tarde",
afirmou, citado no comunicado, o advogado da ILGA Portugal no processo,
Luís Grave Rodrigues.
Em nome "da qualidade de vida das crianças e
das suas famílias", a associação pretende que seja reconhecida, no
registo, a parentalidade a "ambos os membros do casal, casado ou unido
de facto", nas situações "em que há co-parentalidade, mas em que a
criança só tem uma figura parental legalmente reconhecida".
Na ação, a ILGA apresenta o testemunho de dez famílias.
O
advogado Luís Grave Rodrigues defendeu o primeiro caso de um casal de
lésbicas, Teresa e Lena, que reclamou o direito a casar-se, abrindo
caminho à lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
* As crianças recebem maus tratos em famílias de heterossexuais, todos os dias, algumas centenas em Portugal.
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