25/02/2013

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Mais de 15% das habitações 
de Lisboa estão vazias 

Mais de 15 por cento dos 322 mil alojamentos na capital estão vazios, segundo o ‘Retrato de Lisboa’, hoje apresentado, a primeira publicação da Pordata que concentra informação sobre o município.

Lisboa tinha, em 2011, 322.865 alojamentos familiares, dos quais 84,4 por cento estavam ocupados: das habitações vazias, 3,4% destinavam-se a aluguer e 12,2% eram "outros alojamentos vagos".
A habitação é um dos 12 indicadores utilizados no ‘Retrato de Lisboa’, que revelou também que a capital tem 547.733 habitantes, menos um terço que em 1960. Apesar da perda de população nos últimos 50 anos, Lisboa continua a ser o concelho mais populoso do País, seguido de Sintra, com cerca de 400 mil residentes.
 "Lisboa perdeu população, e isso é um dado que pode surpreender, porque hoje sentimos que a cidade tem muito mais pessoas, mais trânsito, mais confusão, que há 50 anos. Já em Sintra, neste período, a população quintuplicou", referiu a diretora da Pordata, Maria João Valente Rosa, que salientou que a capital "é cada vez menos pertença dos seus residentes e cada vez mais uma cidade de muitos".
Da população lisboeta, 8,1% (44.128 pessoas) são estrangeiros. 
Quase um quarto da população é idosa (23,9%), enquanto 63,2% são pessoas em idade ativa - dos 15 aos 64 anos. Os jovens, abaixo dos 15 anos, representam 12,9%. O retrato mostra ainda uma cidade mais envelhecida que o resto do País: em 2011, os idosos representavam 19% da população em Portugal. Nesse ano, houve mais mortes (6.619) do que nascimentos (5.733).
Mais de metade da população da capital - 52% (287.859 pessoas) - é pensionista. 
Por outro lado, o estudo mostra que Lisboa é uma verdadeira cidade universitária: tem 123.444 alunos do ensino superior, quase tantos que o total de estudantes no Porto, Coimbra, Braga e Aveiro. Tem ainda mais de 121 mil alunos nos restantes níveis de ensino.
Lisboa tem "as duas realidades, a população envelhecida e a população jovem que quer começar aqui os seus negócios", referiu, defendendo que "este confronto entre os dois dados tem de fazer pensar em estratégias que incluam todos".

*  Realidades que a Pordata vai revelando.

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