HOJE NO
"PÚBLICO"
Governo vai proibir 158 substâncias presentes em drogas vendidas
nas smartshops
Produção ou venda dessas substâncias vai ser punível com uma coima, mas poderá tornar-se crime.
O Governo quer fazer aprovar uma lei que proíbe um conjunto de 158
substâncias psicoactivas identificadas nas chamadas "drogas legais"
habitualmente vendidas nas smartshops. O objectivo é que o comércio destas substâncias passe a ser crime, disse o secretário de Estado da Saúde à Renascença.
A proposta de lei já foi elaborada e deverá ser
aprovada nas próximas semanas em Conselho de Ministros, adiantou
Fernando Leal da Costa, em declarações no programa Em Nome da Lei,
da Rádio Renascença. Segundo o governante, a produção ou venda daquelas
158 substâncias vai constituir, para já, apenas uma contra-ordenação
sujeita a coima, mas o objectivo é que as mesmas integrem a legislação
sobre tráfico de droga.
“Vamos, quase em simultâneo, criar uma
lista de substâncias que estarão na esfera contra-ordenacional e iniciar
o processo de adição destas substâncias, da forma que for considerada
quimicamente mais correcta e de acordo com o que se está a passar no
processo internacional, para a esfera criminal”, adiantou.
O
secretário de Estado lembra que em 2012, em 32 semanas, foram inventadas
26 drogas. “Sabemos que, do ponto de vista da descrição química – e
esta é que é a grande questão da definição do âmbito da proibição em
termos legais – basta alterar um radical para ser uma droga nova e,
portanto, sabemos que vamos ter de andar sempre atentos, seguir o
fenómeno e continuar a proibir estas drogas”.
A fiscalização às smartshops vai
ser feita pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e
as lojas apanhadas a vender as substâncias proibidas podem ser
encerradas. O Governo quer actuar também na prevenção, através de acções
de esclarecimento nas escolas secundárias e universidades.
Tudo
para alertar as pessoas para os números “altamente preocupantes” deste
flagelo: “Só neste ano, já temos seis óbitos em investigação para
confirmar a sua natureza toxicológica e temos, desde o começo do ano,
dez casos de intoxicação grave que deram entrada em serviços de
urgência”, revela Leal da Costa.
* A solução é acabar com as "smartshops", não têm peso na economia e produtos que vendem provocam intoxicações que conduzem à morte.
As "smartshops" conseguem ser piores que as lojas de fast food, antes comer carne de cavalo.
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