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Governo admite reduzir
oito mil militares até 2020
O Governo tem em discussão uma série de medidas de reforma das Forças Armadas que incluem a redução dos atuais 38 mil efetivos para 30 mil até 2020.
Um documento de trabalho, a que a agência Lusa teve acesso, sugere uma redução de 4.000 efetivos até final de 2015 e prevê medidas de racionalização, entre elas a centralização das compras do Ministério da Defesa e dos ramos e a criação de uma reserva militar operacional.
O dispositivo territorial das Forças Armadas, segundo o documento, deverá também ser reduzido em 30 por cento e esta redução seria conseguida através do congelamento de entradas e da criação de uma reserva operacional.
A reserva operacional prevê que os militares que a integrem, até aos 35 anos, recebam uma verba anual (equivalente a um salário mínimo ou outro valor) e ficam sujeitos a um período de treino e à disciplina militar.
Outras das medidas de contenção preveem uma redução de 30% do pessoal civil até 2015 e de 30% no parque de viaturas ligeiras.
Uma outra possibilidade é os militares na reserva (com mais de 55 anos) fazerem trabalho nas unidades.
É igualmente admitida a hipótese de o recrutamento ser feito através de um único órgão, dependente do Ministério, a reorganização do Ensino Superior Militar apenas numa Academia (hoje existem três).
De acordo com o semanário Expresso, estas e outras medidas equivalerão a um corte de cerca de 200 milhões de euros.
Contactado pela Lusa, o Ministério da Defesa Nacional afirmou que estas medidas constam de um documento de trabalho.
* Os primeiros a saír deviam ser os generais.
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