18/01/2013

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Abebe Selassie: 
“Não há tempo para complacência”

 Portugal tem de continuar o seu plano de reformas até para se preparar para eventuais piores notícias na frente europeia.

Abebe Selassie o chefe de missão do FMI para Portugal considera que o programa português está no bom caminho, salienta os bons sinais que chegam dos mercados, mas avisa também que os riscos são grandes, nomeadamente pelo abrandamento da conjuntura europeia, pelo que “não há tempo para complacência” na implementação de reformas.
A avaliação do responsável no FMI pelo programa de ajustamento nacional defendeu a importância de Portugal continuar com as reformas em curso as quais, defende, apesar de dolorosas, nomeadamente em termos de desemprego, “não foram em vão”, afirmou, salientando as reduções nos défices público e externo conseguidas até agora, e também os sinais positivos que têm chegado dos mercados financeiros nos últimos tempos. Selassie falou numa conferência de imprensa telefónica a partir de Washington, onde defendeu ainda a importância do consenso social em Portugal, embora não tenha dramatizado a oposição do PS ao pacote de cortes de 4 mil milhões de euros na despesa.

Questionado sobre o tema, limitou-se a responder: “Não tenho muito a acrescentar. Serão bem vindos todos os “inputs” para a reforma. Metas orçamentais alcançáveis, mas estabilizadores poderão funcionar O FMI considera ainda que a meta orçamental de 2012 – um défice de 6% do PIB sem receitas extraordinárias – pode ter sido atingida e considera que a meta para este ano – 4,5% do PIB– é alcançável. Contudo, Selassie reconhece também que se a economia contrair mais que o esperado poderão ter de existir ajustamentos, tal como aconteceu em 2012.

“Se os riscos chegarem da economia e não de desvios de politica então, como dissemos no passado, os estabilizadores automáticos devem funcionar”, afirmou. Ainda assim, o responsável do FMI lembrou que “o espaço de manobra é limitado por dois factores: a dimensão da dívida pública e pelas restrições associadas ao envelope de financiamento”, afirmou

* Nem nós queremos complacência, queremos justiça, queremos que quem criou a crise, os políticos, banqueiros e donos do dinheiro  a  paguem.
o " Abébias Sei lá se é" só quer o dinheiro dos juros a tempo e horas, é de lá que recebe o salário.

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