21/01/2013

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

DECO quer supervisão 
comportamental a nível europeu 

A associação de defesa dos consumidores defende que a supervisão comportamental deveria ser harmonizada a nível europeu, tal como vai acontecer com a supervisão prudencial, no âmbito da União Bancária

A DECO acredita que deveria ser criada uma entidade de supervisão bancária comportamental, no âmbito da criação da União Bancária Europeia, numa tentativa de harmonizar a “divulgação de boas práticas a nível nacional e europeu”.

No seminário “União Bancária: um passo favorável aos interesses dos consumidores?” promovido pela DECO, Pedro Moreira, da direcção da instituição de defesa dos consumidores defendeu que “a supervisão comportamental deve acompanhar a supervisão prudencial”.

Para o mesmo responsável, a supervisão comportamental, que ficará no domínio dos reguladores locais, também deve ter regras europeias mínimas. A instituição propõe que estas regras contemplem, por exemplo, uma ficha de informação normalizada europeia ou uma harmonização dos preçários para os produtos mais populares.

“É errado esquecer a relação dos bancos com os clientes”, argumentou Pedro Moreira, salientando ainda que a supervisão comportamental no país deveria ser assegurada por uma única instituição, pois uma supervisão tripartida é “extremamente confusa para o consumidor”.

Já Lúcia Leitão, directora de supervisão comportamental do Banco de Portugal, destacou que é importante não esquecer a regulação dos produtos bancários, bem como ter em consideração as melhores práticas na Europa nesta matéria, de modo a não penalizar os países mais avançados em termos de supervisão.

“É importante não subestimar a nível europeu o risco dos produtos financeiros para os consumidores”, alertou Lúcia Leitão.

Para José Manuel Faria, da Associação Portuguesa de Bancos, a União Bancária é um processo importante para harmonizar o sistema financeiro europeu, antecipando um impacto positivo para a banca nacional.

O especialista acredita que a descida da percepção de risco para as instituições deverá resultar numa descida dos juros pagos pelo sector e ter um “impacto positivo para os bancos e para os consumidores de crédito”.

* O Banco Central Europeu deu crédito quase ilimitado aos bancos portugueses a um juro de 0.75% e estes emprestam às pequenas e médias entre 8 e 9%, veja-se a ganância, a agiotagem dos banqueiros que dizem que não há crise. 
Só a banca grega pratica juros mais altos, cerca de 13% mas todos os outros bancos europeus emprestam às pequenas e médias empresas dos seus países a menos de 6%.
A banca portuguesa comprometeu-se com o governo a emprestar aos pequenos e médios empresários dinheiro com juros baixos, em troca do dinheiro que o Estado injectou na banca, mas como sempre os banqueiros estão-se nas tintas para os compromissos que assumem e o governo para eles é frouxo, mas vorazes para o contribuinte.

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