.
.
HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
DECO quer supervisão
comportamental a nível europeu
A associação de defesa dos consumidores defende que a supervisão
comportamental deveria ser harmonizada a nível europeu, tal como vai
acontecer com a supervisão prudencial, no âmbito da União Bancária
A
DECO acredita que deveria ser criada uma entidade de supervisão
bancária comportamental, no âmbito da criação da União Bancária
Europeia, numa tentativa de harmonizar a “divulgação de boas práticas a
nível nacional e europeu”.
No seminário “União Bancária: um passo favorável aos interesses dos
consumidores?” promovido pela DECO, Pedro Moreira, da direcção da
instituição de defesa dos consumidores defendeu que “a supervisão
comportamental deve acompanhar a supervisão prudencial”.
Para o mesmo responsável, a supervisão comportamental, que ficará no
domínio dos reguladores locais, também deve ter regras europeias
mínimas. A instituição propõe que estas regras contemplem, por exemplo,
uma ficha de informação normalizada europeia ou uma harmonização dos
preçários para os produtos mais populares.
“É errado esquecer a relação dos bancos com os clientes”, argumentou
Pedro Moreira, salientando ainda que a supervisão comportamental no país
deveria ser assegurada por uma única instituição, pois uma supervisão
tripartida é “extremamente confusa para o consumidor”.
Já Lúcia Leitão, directora de supervisão comportamental do Banco de
Portugal, destacou que é importante não esquecer a regulação dos
produtos bancários, bem como ter em consideração as melhores práticas na
Europa nesta matéria, de modo a não penalizar os países mais avançados
em termos de supervisão.
“É importante não subestimar a nível europeu o risco dos produtos financeiros para os consumidores”, alertou Lúcia Leitão.
Para José Manuel Faria, da Associação Portuguesa de Bancos, a União
Bancária é um processo importante para harmonizar o sistema financeiro
europeu, antecipando um impacto positivo para a banca nacional.
O especialista acredita que a descida da percepção de risco para as
instituições deverá resultar numa descida dos juros pagos pelo sector e
ter um “impacto positivo para os bancos e para os consumidores de
crédito”.
* O Banco Central Europeu deu crédito quase ilimitado aos bancos portugueses a um juro de 0.75% e estes emprestam às pequenas e médias entre 8 e 9%, veja-se a ganância, a agiotagem dos banqueiros que dizem que não há crise.
Só a banca grega pratica juros mais altos, cerca de 13% mas todos os outros bancos europeus emprestam às pequenas e médias empresas dos seus países a menos de 6%.
A banca portuguesa comprometeu-se com o governo a emprestar aos pequenos e médios empresários dinheiro com juros baixos, em troca do dinheiro que o Estado injectou na banca, mas como sempre os banqueiros estão-se nas tintas para os compromissos que assumem e o governo para eles é frouxo, mas vorazes para o contribuinte.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário