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Instituto do Sangue
Bancos privados de cordão umbilical desaconselhados
Parecer do Instituto do Sangue e da Transplantação coloca em causa a utilidade da conservação do sangue do cordão umbilical, em linha com as críticas do Conselho de Ética.
"O
potencial benefício, para o próprio, ou um irmão(ã) é na verdade, no
momento atual, quase residual e geralmente inexistente", refere um
parecer técnico do Instituto do Sangue e da Transplantação divulgado
esta quinta-feira.
Na sequência de várias questões públicas sobre a
utilidade da criopreservação de células do cordão umbilical,
nomeadamente das reações ao parecer do Conselho Nacional de Ética para
as Ciências da Vida que tece duras críticas aos bancos privados de
criopreservação, o Instituto decidiu solicitar a opinião de peritos
externos.
O esclarecimento agora disponibilizado no seu site
conclui que a utilidade clínica da criopreservação de sangue e tecido do
cordão umbilical para uso próprio, feita pelos bancos privados, não é
"claramente" suportada "pela evidência clínica actualmente disponível"
em famílias que "a priori" são saudáveis.
Reconhecendo que esta é
uma questão "complexa e polémica", recorre a dados de 2008 dos dois
maiores bancos privados americanos, com mais de 210 mil e 145 mil
amostras armazenadas, para ilustrar o baixo potencial de utilização.
Por
outro lado, "tendo em conta os preços atualmente praticados pelas
empresas privadas que desenvolvem a sua atividade nesta área, é difícil
justificar com base na relação custo/beneficio, este tipo de
procedimentos", defende o parecer que deixa ainda um conselho às
famílias no sentido de "ponderarem a publicidade que é feita", alertando
"para o risco de publicidade enganosa".
* Se a publicidade enganosa fosse devidamente punida o Estado ganharia muito dinheiro e o consumo dos portugueses seria diferente, só que os amigalhaços estão quase sempre impunes.
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