08/11/2012

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Mercado externo diminui 
encomendas à indústria portuguesa 

O índice de novas encomendas na indústria nacional mantém a tendência negativa mas, em Setembro, a variação da procura interna não foi a única que o penalizou. O mercado externo está a fazer menos encomendas a Portugal e a penalizar o índice de novas encomendas recebidas pelas indústria nacional, revelam os dados publicados esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O índice de novas encomendas recebidas pela indústria portuguesa desceu 10,3% em Setembro face ao mesmo mês de 2011, depois de uma variação negativa homóloga de 9,4% no mês anterior.

O indicador pretende mostrar a evolução da procura de bens e serviços na indústria nacional, como indicação da produção futura em Portugal. Desde Novembro de 2011, que o índice, cuja variação é calculada através de média móvel dos três meses anteriores, apresenta movimentos negativos.

Com a crise e a austeridade em território nacional, as encomendas feitas pelo mercado interno à indústria portuguesa têm, há um ano, registado variações negativas.

As novas encomendas feitas em Portugal e recebidas pela indústria portuguesa caíram, em termos homólogos, 20,5%, uma ligeira recuperação face à queda de 21% de Agosto.

Pelo contrário, registou-se uma deterioração da procura externa, que se encontra num movimento descendente há três meses. Sem uma procura significativa vinda de Portugal, a indústria nacional fica dependente do desempenho das encomendas feitas fora do país.

As novas encomendas vindas do mercado externo desceram 2,4% em Setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, um agravamento face aos 0,4% de Agosto, de acordo com o INE. A procura de bens e serviços produzidos pela indústria portuguesa já não está a ser impulsionada pelo estrangeiro.

Quando se analisa a evolução mensal do índice de novas encomendas, o mercado externo volta a penalizar a variação do desempenho total. Registou-se uma quebra de 2,3% em Setembro da procura vinda do estrangeiro que, contrabalançada pela subida de 1,1% na procura interna, conduziu a uma descida de 1% das encomendas totais.

*  E andavam os iluminados da governo a lançarem foguetes por causa das exportações, bem avisámos deste fogo fátuo mas preferiríamos não ter razão.

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