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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Mercado externo diminui
encomendas à indústria portuguesa
O índice de novas encomendas na indústria nacional mantém a tendência negativa mas, em Setembro, a variação da procura interna não foi a única que o penalizou.
O mercado externo está a fazer menos encomendas a Portugal e a penalizar
o índice de novas encomendas recebidas pelas indústria nacional, revelam os dados publicados esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O
índice de novas encomendas recebidas pela indústria portuguesa desceu
10,3% em Setembro face ao mesmo mês de 2011, depois de uma variação
negativa homóloga de 9,4% no mês anterior.
O indicador pretende
mostrar a evolução da procura de bens e serviços na indústria nacional,
como indicação da produção futura em Portugal. Desde Novembro de 2011,
que o índice, cuja variação é calculada através de média móvel dos três
meses anteriores, apresenta movimentos negativos.
Com a crise e
a austeridade em território nacional, as encomendas feitas pelo mercado
interno à indústria portuguesa têm, há um ano, registado variações
negativas.
As novas encomendas feitas em Portugal e recebidas
pela indústria portuguesa caíram, em termos homólogos, 20,5%, uma
ligeira recuperação face à queda de 21% de Agosto.
Pelo
contrário, registou-se uma deterioração da procura externa, que se
encontra num movimento descendente há três meses. Sem uma procura
significativa vinda de Portugal, a indústria nacional fica dependente do
desempenho das encomendas feitas fora do país.
As novas
encomendas vindas do mercado externo desceram 2,4% em Setembro em
relação ao mesmo mês do ano passado, um agravamento face aos 0,4% de
Agosto, de acordo com o INE. A procura de bens e serviços produzidos
pela indústria portuguesa já não está a ser impulsionada pelo
estrangeiro.
Quando se analisa a evolução mensal do índice de
novas encomendas, o mercado externo volta a penalizar a variação do
desempenho total. Registou-se uma quebra de 2,3% em Setembro da procura
vinda do estrangeiro que, contrabalançada pela subida de 1,1% na procura
interna, conduziu a uma descida de 1% das encomendas totais.
* E andavam os iluminados da governo a lançarem foguetes por causa das exportações, bem avisámos deste fogo fátuo mas preferiríamos não ter razão.
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