HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Teodora Cardoso
OE/13 ignora riscos do impacto
da austeridade nas famílias
A presidente do Conselho das Finanças Públicas reitera que as previsões de Vítor Gaspar não incluem alguns riscos.
Durante a audição na Comissão de Orçamento e Finanças, Teodora
Cardoso voltou a frisar que o Orçamento do próximo ano comporta riscos
significativos. O primeiro, considera, está desde logo ligado ao facto
de a execução orçamental deste ano ainda não estar assegurada, porque
uma eventual nova derrapagem terá consequências na execução do próximo
ano.
Mas a presidente do CFP critica sobretudo o facto de as previsões
macroeconómicas e orçamentais do ministro das Finanças não incorporarem
os riscos de um impacto excessivo da austeridade no bolso das famílias.
"Há cada vez mais a constatação de que a expectativa de redução
temporária do rendimento disponível começa a tornar-se, para muitas
pessoas, uma expectativa de redução permanente", avisou, acrescentando
que isso "afecta obviamente o consumo privado". "E não me parece que
essas expectativas estejam consideradas nas previsões do Orçamento",
concluiu.
Recorde-se que o parecer do CFP sobre o OE/13, divulgado ontem,
considera que as previsões orçamentais são demasiado optimistas, por não
incorporarem os riscos negativos que pairam sobre o país no próximo ano
e que até são referidos de forma "exaustiva" no relatório do Orçamento.
Hoje, no Parlamento, Teodora Cardoso criticou ainda a forma como a
despesa pública tem sido gerida nos últimos anos em Portugal,
considerando que o sistema de gestão do Estado "não responsabiliza
suficientemente os responsáveis" pelo descontrolo na despesa nos vários
quadrantes das administrações públicas.
* Esta Senhora sabe o que diz e não tem medo de ninguém
.
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