HOJE NO
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OE 2013.
Magistrados do MP apresentam queixa
à Comissão Europeia
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) considera o
Orçamento do Estado (OE) para 2013, aprovado hoje, "uma fonte de
desigualdade e injustiça entre os cidadãos", e vai apresentar uma queixa
formal na Comissão Europeia.
Em comunicado, o SMMP, que reitera "o apelo para que o Presidente da
República suscite a apreciação preventiva da lei", afirma que o OE2013
mantém "os critérios e iniquidades que levaram à declaração de
inconstitucionalidade de algumas normas da Lei do Orçamento de 2012".
"Os trabalhadores do sector público sofrerão na pele todas as
medidas que recaem sobre o sector privado, a que se soma a perda de um
dos seus subsídios e a redução em 10 por cento do seu rendimento anual,
no que aos magistrados concerne", observa o SMMP.
A estrutura representativa dos magistrados do MP sublinha que "o
Governo continua a não respeitar, na prática, a Constituição e o
Tribunal Constitucional, pilares essenciais do Estado de Direito
democrático".
Por isso, o SMMP vai apresentar uma queixa formal à Comissão
Europeia, "com base na violação do Direito Comunitário por parte dos
Estados Membros que adoptaram medidas de redução severa do orçamento do
serviço público da justiça, ao ponto de comprometerem o funcionamento
eficaz do sistema judicial, incluindo o estatuto económico dos juízes e
procuradores".
O SMMP, cuja assembleia-geral de 20 de outubro mandatou a direção de
"reagir e promover medidas adequadas à defesa do Estado Social de
Direito e das garantias constitucionais e de direito fundamentais", vai
apresentar também relatório ao Parlamento Europeu, "denunciando a
violação do Direito Comunitário por parte de tais Estados Membros".
O comunicado do SMMP refere ainda que se pretende "organizar um Dia
Europeu de Alerta sobre a Justiça, que terá como objectivo chamar a
atenção para a necessidade de reforçar a independência do poder
judicial".
Estas ações foram tomadas "por impulso do SMMP (e da Associação
Sindical de Juízes Portugueses)" pelo Conselho de Administração da
MEDEL, Magistrados Europeus para a Democracia e as Liberdades, em
reunião de 10 de novembro.
* Os justiçeiros da República.
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