.
HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Indústria farmacêutica tem de devolver
. mais de 160 milhões ao Estado
As farmacêuticas que assinaram o protocolo de redução da despesa com medicamentos têm de devolver ao Estado mais de 160 milhões.
As empresas farmacêuticas que assinaram o protocolo de redução da
despesa com medicamentos têm de devolver ao Estado mais de 160 milhões
de euros.
Isto porque a meta de redução de 170 milhões de euros na despesa com
medicamentos nos hospitais não foi atingida. As contas de 2012 não estão
fechadas, mas a Apifarma, associação que representa a indústria, admite
que vai existir um ‘pay-back'. Os últimos dados disponíveis, de Agosto,
mostram que a redução da despesa com remédios no meio hospitalar não
chegou a 1% face a 2011, o que equivale a cerca de 5 milhões de euros.
Uma vez que o compromisso era uma redução de 170 milhões no total do
ano, o valor a devolver será superior a 160 milhões.
Se este ano a meta de corte na despesa não foi alcançada, em 2013 os
cortes previstos pelo Governo são "irrealistas", diz o presidente da
Apifarma. João Almeida Lopes ameaça romper o acordo, que era válido este
ano e próximo, se o Ministério da Saúde insistir nos cortes que
inscreveu no Orçamento do Estado para 2013. O documento prevê um corte
de 333 milhões com medicamentos, sendo que 187 milhões será nos
hospitais.
Num encontro com jornalistas, Almeida Lopes lembrou que a indústria
reduziu 600 milhões de euros entre 2011 e 2012 (300 milhões em cada
ano), tendo de atingir no final de 2012 em despesa pública com
medicamentos 1,22% do PIB, quer em ambulatório quer em meio hospitalar.
Para o próximo ano, a meta inscrita no memorando é de 1% do PIB da
despesa pública com medicamentos. Um objectivo que "não é exequível" e
constitui "um disparate sem paralelo em país nenhum".
Almeida Lopes lembra que no caso da Grécia, um país com a mesma
população e o dobro do consumo de medicamentos, que também está sobre um
programa de ajustamento, a meta imposta pela ‘troika' é de apenas 1% em
2014.
* Uma guerra que vai sobrar para os utentes...
.
Sem comentários:
Enviar um comentário