HOJE NO
"PÚBLICO"
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Avaliação para o IMI
chega a aumentar 1000%
O processo de avaliação do valor patrimonial dos prédios urbanos para
efeitos de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) está envolto em forte
polémica. Em causa estão os acréscimos brutais dos valores patrimoniais,
que com frequência chegam aos 1000% em prédios da década de 60, ou
mesmo mais recentes, como reconheceu ao PÚBLICO o presidente APAE -
Associação Portuguesa dos Avaliadores de Engenharia, Aníbal Lopes.
A substituição da Contribuição Autárquica pelo IMI, em 2003,
visava criar maior transparência no imposto, mas acabou por
transformar-se numa verdadeira "mina" para o Estado. De 600 milhões de
receita em 2003, o IMI rendeu 1,1 mil milhões de euros em 2011 e vai
render 2,2 mil milhões de euros em 2012 (a cobrar em 2013). Os números
são da APAE e também do estudo que a APEMIP, associação das empresas
mediadoras imobiliárias, vai divulgar na próxima quarta-feira, que tem
ainda comparações com a tributação de imóveis na Europa.
O fim da
cláusula de salvaguarda, que, na prática, limitava os aumentos a 75
euros (no caso de o aumento determinado ser superior), no IMI a pagar em
2013 e 2014, leva a que o impacto total do aumento seja sentido no
próximo ano. A Associação Lisbonense de Proprietários diz que o fim da
cláusula de salvaguarda se aplica ao imposto a pagar em 2012, pelo que a
medida do Governo pretende ser retroactiva, o que é constitucionalmente
proibido.
* O assalto ainda não acabou
.
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