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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Pacote fiscal para os ricos aprovado sem nenhum voto contra e com apoio do PS
O conjunto de medidas do Governo que se destinam a tributar ainda mais o luxo, quer seja património, automóveis ou rendimento de capitais, baixou à especialidade sem nenhum voto contra.
O pacote fiscal que se destina a tributar quem tem rendimentos e
património com mais valor, e que deverá render entre um total de 300 a
500 milhões de euros ainda este ano, foi aprovado na votação parlamentar
que se realizou ao final esta manhã e vai agora baixar à especialidade,
onde será discutido pelos deputados.
A votação não registou um
único voto contra e contou com os votos favoráveis do PSD, do CDS e do
PS. O PCP, o Bloco de Esquerda e Os Verdes abstiveram-se, tal como os
deputados socialistas João Galamba, Isabel Moreira e Basílio Horta.
No debate que teve lugar na passada quarta-feira, os deputados da
oposição criticaram o facto de não ter ficado claro qual a receita que
irá render. O secretário de Estado Paulo Núncio deu um valor distinto do
que já tinha sido divulgado.
Entre as medidas incluídas neste
pacote fiscal contam-se um aumento da taxa liberatória para rendimentos
de capitais, que passa de 25% para 26,5%. Os proprietários de imóveis
com valor patrimonial superior a um milhão de euros vão suportar uma
taxa adicional baseada no imposto de selo, e será reforçado o regime
aplicável às manifestações de riqueza.
A proposta vai agora baixar à comissão de Orçamento e Finanças, onde poderá ser alterada pelos deputados.
* Não acreditamos que esta a lei se cumpra; primeiramente vai ser alterada na especialidae com benefício para os ricos, depois vai demorar a ser regulamentada com benefício para os ricos o que vai dar aos ricos tempo suficiente para inventarem engenharia financeira para pagar pouco.
Foi revelado ontem que quem mais pagou impostos nos últimos anos foi a classe média, vai manter-se essa situação.
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