15/10/2012



HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Miguel Relvas e Ricciardi foram escutados a falar sobre a privatização da EDP 

Miguel Relvas e José Maria Ricciardi, do BESI, terão sido escutados durante as investigações ao Caso Monte Branco, notícia o "Público", que diz que a Polícia Judiciária "tropeçou" nestas conversas telefónicas.

Ricciardi estaria a ser escutado na altura no âmbito das investigações de fuga ao fisco por uma “rede” liderada por Michel Canals, na altura consultor financeiro da Three Gorges e da China State Grid/ Oman Oil, empresas que ganharam os processos de privatização da EDP e da REN.

Segundo a publicação uma das conversas entre Ricciardi e o Ministro dos Assuntos Parlamentares estava relacionada com o facto de o Ministério das Finanças ter decidido entregar, por ajuste directo, a consultadoria financeira das duas privatizações à americana Perella Weinberg.

Uma escolha que provocou grande polémica. Primeiro, por ter sido feita sem concurso público nem consulta aos bancos pré-qualificados. Depois, por interromper uma prática de adjudicação sempre a bancos portugueses. E finalmente, por ter sido escolhida uma entidade que estava fora da lista das entidades pré-qualificadas para o efeito.

Questionado pelo “Público, Ricciardi rejeita ter dito alguma coisa errada ao ministro. “Não sei o que possa ter dito de errado ao dr. Miguel Relvas”. “Provavelmente dei a minha opinião sobre o afastamento do BESI em favor da Perella, pois estava revoltado”. Ricciardi concluiu com o provérbio: “Quem não se sente, não é filho de boa gente.”

O jornal adianta ainda que Ricciardi não foi constituído arguido e fontes policiais garantiram que o nome de Relvas não aparece ligado a este caso.

As escutas foram realizadas entre Setembro de 2011 e Fevereiro deste ano e foram feitas com o objectivo de recolher informações para ajudar a desmantelar a maior rede de sempre de fuga ao Fisco e de branqueamento de capitais a operar em Portugal, com ligações à UBS, na Suíça.


*  Os meandros do poder são insondáveis é por isso que a corrupção pode acontecer bem  disfarçada.


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