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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Alberto João Jardim propõe "separação"
. se Portugal recusar mais autonomia
A moção "Realizar a Esperança" de Alberto João Jardim ao XIV Congresso
Regional do PSD-M defende a "separação" da Madeira de Portugal se não
for ampliada a autonomia da Região.
"Esclarecemos que ante a recusa de uma maior autonomia no seio da Pátria
Portuguesa, que desejamos fortemente, optamos pela separação", realça o
documento tornado público na internet, citado pela Lusa.
O XIV
Congresso Regional do PSD-M que se realiza a 24 e 25 de Novembro será
antecedido por eleições internas a 2 de Novembro que terão como
candidatos Alberto João Jardim, líder do partido desde 1976, e Miguel Albuquerque, presidente da Câmara Municipal do Funchal.
A moção lembra que o PSD-M só é "derrotado através da divisão interna" e
acusa, sem mencionar o nome, Miguel Albuquerque como o "testa-de-ferro
dos inimigos do partido.
"Cabe perguntar à consciência dos
filiados no PSD, vamo-nos suicidar politicamente só para seguir as
leviandades e oportunismos? Vamos entregar o PSD-M a um testa-de-ferro
dos nossos inimigos políticos? Depois de conseguirmos estar a enfrentar a
presente situação e a resolver o problema financeiro, vamos entregar o
povo madeirense e o PSD a oportunistas que só pensam nos seus interesses
pessoais?, pergunta o autor da moção.
A moção espera que
"quando derrotados, os que provocaram tudo isto ao partido que os
propôs, ajudou e trabalhou para os eleger, se demitam dos cargos para
que foram eleitos em nome do PSD" porque, em 2013, o "PSD-M tem de
enfrentar as dificuldades da conjuntura, trabalhar tranquilamente para
preparar e ganhar as eleições autárquicas e preparar o Congresso
Regional de finais de 2014, princípios de 2015".
"Também tem de
ficar muito claro que se os derrotados agora continuarem depois a tentar
rebentar o PSD por dentro, devem ser afastados nos termos
estatutários", acrescenta.
Acusa os partidários de Miguel
Albuquerque de "deslealdade" e de "facas nas costas" apesar de
reconhecer que "têm todos o direito de discordar e de se candidatar",
mas não promovendo "espectáculo na praça pública para destruir o PSD",
de "mãos dadas" com os "inimigos de sempre".
"Devem fazê-lo, sim, nos órgãos internos do partido e no tempo próprio", pode ler-se.
"O PSD que o propusera (Miguel Albuquerque), o ajudara e trabalhara
para a sua eleição, mas que agora quer suicidar", acusa a moção.
No documento de 76 páginas, é defendida uma Revisão Constitucional que
alargue os poderes e as competências das assembleias legislativas
regionais e a extinção do cargo de Representante da República.
No que diz respeito à Madeira, a moção estabelece como prioridades -
consolidar as finanças regionais para a defesa da autonomia política
evolutiva; não transigir na luta por mais autonomia; continuar o
investimento possível no quadro das atuais condições financeiras;
reforçar o apoio às pequenas empresas privadas; a preparação das
eleições autárquicas e a blindagem do PSD face à ofensiva da direita
tradicional para destruir o partido por dentro.
Desafia ainda o
"Estado português para, em caso de dúvidas, ter a coragem de assumir uma
decisão democrática e permitir um referendo na Madeira que, de uma vez
por todas, demonstre a vontade do povo madeirense, reforce a coesão
nacional e finalmente encerre o "contencioso das autonomias".
No
que diz respeito às políticas sectoriais, o documento assume as
propostas contidas na moção "Rumo ao Futuro" do XIII Congresso Regional
por "não haver qualquer razão para as modificar".
* Se Alberto João Jardim separar a Madeira de Portugal vai chular quem???
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