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HOJE NO
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Movimento Tugaleaks quer que
tribunal declare Passos Coelho "mentiroso" e o exonere do cargo
O movimento cívico Tugaleaks apresentou no domingo, na GNR do Pinhal
Novo, Setúbal, uma queixa contra o primeiro-ministro, para demonstrar em
tribunal que Passos Coelho, e o seu Governo, mentiu aos portugueses e
exigir a sua exoneração.
“Nós pretendemos provar que a informação veiculada antes e depois da
campanha não está de acordo com aquilo que foi prometido aos
portugueses. Os portugueses foram enganados, os portugueses não têm
qualquer controlo agora que o Governo está no poder […]. Vamos tentar
usar a lei para mostrar que o que está a ser feito não corresponde à
verdade, exigir explicações e se possível a exoneração do cargo de
primeiro-ministro”, explicou hoje à agência Lusa o fundador do movimento
Tugaleaks, Rui Cruz.
Para o fundador deste movimento cívico, que se define como defensor
da verdade da informação, e que está ativo na Internet através do seu
portal e da sua página no Facebook, Passos Coelho não tem cumprido
aquilo que prometeu aos portugueses, apontando-lhe muitas diferenças no
discurso pré-eleitoral e pós chegada ao Governo.
“Durante alguns anos nós tínhamos visto Passos Coelho dizer uma
coisa e foi para o Governo dizer exatamente outra. Quando agora dizem
que vão cortar nos rendimentos, na campanha disseram que não o fariam”,
exemplificou.
Rui Cruz recusou adiantar pormenores sobre as especificações da
queixa, dizendo que só serão prestados esclarecimentos sobre a “queixa
exata” depois de contactado o advogado e de a GNR submeter a queixa a
tribunal.
Na sua página na Internet, onde revelaram a apresentação da queixa e
explicam as suas motivações, os responsáveis pelo movimento apelam
também à participação dos cidadãos, pedindo que procurem evidências de
que as declarações de Passos Coelho são contraditórias e não
correspondem à verdade e que se voluntariem como testemunhas do
processo, fornecendo dados de contacto para anexar ao processo.
“Um dos exemplos apresentados na referida queixa é o que Passos
Coelho no dia 24/03/2011 proferiu perante a comunicação social em visita
a uma escola, ‘se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal ainda,
a minha garantia é de que ela seria canalizada para os impostos sobre o
consumo e não para impostos sobre o rendimento das pessoas’. No dia
07/09/2012 Pedro Passos Coelho disse exactamente o contrário, quando
afirmou que ‘o Governo decidiu aumentar a contribuição para a segurança
social, exigida aos trabalhadores do sector privado, para 18%”. Desta
forma alterou o “imposto” sobre o rendimento”, lê-se na página do
Tugaleaks, a título de exemplo.
O movimento Tugaleaks apela ainda à colaboração ‘pro bono’ de todos
os advogados que se mostrem disponíveis para ajudar no processo. No
portal na Internet, o movimento adianta que ainda esta semana será
pedido um advogado oficioso à Segurança Social.
Rui Cruz adiantou que já 10 testemunhas se disponibilizaram para
participar no processo e que deram início a conversações com um advogado
que também se mostrou disponível para ajudar o movimento.
“Já temos 10 testemunhas que deram o nome, morada e contacto para
testemunharem sobre Passos Coelho ter dito uma coisa e depois ter dito
outra. Estamos a apelar aos advogados. Pretendemos que cada pessoa
esteja protegida de forma ‘pro bono’ (gratuita] contra qualquer eventual
represália política que possa sofrer”, declarou.
Apesar de reconhecer que mesmo que consigam avançar com o processo
em tribunal este poderá desenrolar-se durante anos, e muito para além do
tempo de governação de Pedro Passos Coelho, Rui Cruz defendeu que não
deve ser abandonado porque existe “uma responsabilidade que tem que se
apurar a bem da transparência política”.
“Se houver exoneração do cargo, mesmo já não o ocupando, as medidas
tomadas poderão ser revistas ou anuladas. É uma coisa que em tribunal
nacional provavelmente não será feito, mas pretendemos, se preciso for,
recorrer ao tribunal europeu para fazer valer os nossos direitos”,
concluiu.
* Estes são "TUGAS" a sério!!!
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