HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Vice-presidente do PSD/Porto
defende demissão de Relvas
O vice-presidente do PSD/Porto, Firmino Pereira, defendeu hoje a saída do Governo do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, considerando que Miguel Relvas "está a fragilizar a imagem do Governo".
OS ABRILISTAS |
"Acho que os incidentes que se têm repetido em volta do ministro Miguel Relvas
fragilizam e prejudicam em muito a imagem do Governo", afirmou Firmino
Pereira aos jornalistas, à margem da assembleia geral da Metro do Porto.
Para o social-democrata, "o Governo deveria estar concentrado
em resolver os problemas do país" e, neste momento, os "incidentes" com
Miguel Relvas deixam-no "numa posição muito delicada no Governo".
Questionado pelos jornalistas se o ministro deve demitir-se, Firmino
Pereira, considerou que "isso é uma decisão pessoal", contudo, garantiu
que se estivesse no lugar de Relvas pedia a demissão.
"Se o PSD
foi muito crítico aquando da licenciatura do anterior primeiro-ministro
engenheiro Sócrates, deve ter o mesmo posicionamento. Portanto, acho que
o ministro Relvas começa a ser um problema muito sério de gestão
política para o primeiro-ministro", afirmou.
O social-democrata considerou que, para Pedro Passos Coelho,
"é sempre difícil excluir um ministro com a influência de Relvas", mas,
no seu entender, "acima de tudo estão os interesses do Governo e do
país, e aquilo que se sente na opinião pública é um grande
descontentamento dos repetidos episódios" com o ministro em causa.
"Passos Coelho deve avaliar as condições políticas que o Relvas está a
trazer para o Governo", que na sua opinião, "e na da maioria dos
portugueses, são extremamente negativas".
Firmino Pereira
entende que Miguel Relvas "começa a não ter muitas condições para
exercer funções" e disse ainda subscrever "as palavras" do conselheiro
de Estado Bagão Félix.
Bagão Félix disse na quinta-feira à noite que o ministro-adjunto e dos
Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, "devia demitir-se para facilitar a
vida o primeiro-ministro", Pedro Passos Coelho. "Eu, no lugar do
ministro Miguel Relvas, tinha pedido imediatamente a demissão,
facilitando a vida ao primeiro-ministro, que bem merece", afirmou Bagão
Félix em entrevista à estação pública de televisão RTP, durante a noite.
O caso da licenciatura do ministro Miguel Relvas começou a dar polémica
há cerca de duas semanas por causa do número de equivalências que
obteve na Universidade Lusófona.
De acordo com o processo do
aluno que a Lusófona disponibilizou para consulta na segunda-feira, e
que a agência Lusa consultou, foram atribuídos 160 créditos a Miguel
Relvas no ano lectivo 2006/2007. Com as equivalências atribuídas pela
Universidade, Relvas apenas teve de fazer quatro disciplinas semestrais.
* Miguel Relvas empresta ao governo um aroma de putrefacção, por este andar Portas ainda chega a primeiro-ministro.
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