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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Ministro da Saúde cede aos médicos
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, alterou as regras de contratação de médicos – e cedeu às exigências dos clínicos, nomeadamente nas horas e no número de empresas de recursos humanos aceites para prestar o serviço. Mais: o contrato deixa de depender única e exclusivamente do preço, passando a referir também a qualidade.
Esta decisão surge a oito dias da greve dos médicos, marcada para os dias 11 e 12, mas, ao que o CM apurou, os sindicatos, pelo menos até à hora de fecho desta edição, mantinham a paralisação.
Segundo o documento, a que o CM teve acesso, "para a escolha do profissional mais adequado, para além do critério preço [ponderado no mínimo a 50% na pontuação final], poderão ser estabelecidos critérios que permitam valorizar as respectivas competências clínicas necessárias à prestação dos serviços em causa [ponderados até 50% na pontuação final]".
O número de horas a contratar também é reduzido. De 2500 milhões de horas passa para 1980 milhões. E aumenta o número de prestadores de serviços a serem seleccionados por especialidade/por distrito. Em vez de cinco, passam a vinte as empresas que podem prestar este tipo de serviço.
Contactado pelo CM para comentar estas alterações e para se saber se a greve se mantinha, Jorge Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), respondeu: "Registamos a súbita abertura e vontade conciliadora e negocial do Ministério da Saúde nalguns aspectos revelados pela comunicação social das reivindicações sindicais."
E acrescentou: "Esperamos que no dia 13 essa postura do Ministério da Saúde não só se mantenha como evolua positivamente."
Fonte do Ministério da Saúde afirmou ao CM que a reformulação do contrato vai ao encontro das queixas dos sindicatos e da Ordem dos Médicos e que haverá uma muito pequena margem para se fazer greve.
FALHAS NO SISTEMA DE RECEITAS ELECTRÓNICAS
Faltam remédios nas farmácias, os utentes recorrem à automedicação para não pagarem taxas moderadoras nos hospitais, a base de dados para a prescrição electrónica não tem informação correcta sobre fármacos existentes e preços. Estas são apenas algumas das denúncias feitas ontem pela Ordem dos Médicos e pela Associação de Farmácias de Portugal, num comunicado conjunto. Segundo o documento, estas falhas podem conduzir a um problema de saúde pública.
* A classe médica é um lobby poderoso, quer tenha razão ou não ganha sempre.
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