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HOJE NO
"DESTAK"
Crise favorece delito sem arrependimento
Observatório de Fraudes
Um especialista do Observatório de Economia e Gestão de Fraudes diz que os portugueses mais afetados pelas medidas de austeridade tendem a achar-se moralmente legitimados para cometerem pequenos delitos económicos.
É um raciocínio do tipo "sou um injustiçado e, se estou a fazer isto, tenho razões para tal", refere à agência Lusa José António Moreira, um dos membros deste observatório do Porto.
Dito de outra forma: "O Estado rouba-nos, tira-nos os impostos. Portanto [ao cometer delitos económicos], não estamos a fazer mais do que tentar recuperar uma parte daquilo que nos tiraram".
* Eis uma maneira ardilosa de "interpretar" o pequeno delito económico.
Aqui vai a nossa versão: "Os políticos que nos têm governado desbarataram o dinheiro dos impostos, contraíram dívidas para assegurar a boa vida dos amigalhaços da banca e os grandes empresários, não são responsabilizados pelas falcatruas cometidas e a nós cortam reformas, salários, transformam ilicitamente vias-rápidas em auto-estradas para nos assaltarem com pórticos, atiram-nos para a miséria e desemprego, os sacanas também têm de pagar a crise.
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