08/05/2012

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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

SMN pode ser discutido 

O ministro da Economia mostrou disponibilidade para discutir em concertação social a proposta da CGTP de aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) para os 515 euros, disse ontem o secretário-geral da central sindical. 'O ministro da Economia mostrou disponibilidade para discutir o assunto na concertação social, agora vamos ver até que ponto essa disponibilidade vai mais longe', afirmou aos jornalistas Arménio Carlos, à saída de uma reunião com Álvaro Santos Pereira, no Ministério da Economia. 
De acordo com o secretário-geral da CGTP, o 'ministro reconheceu', que Portugal está 'numa situação em que é fundamental dinamizar o mercado interno', o que passa, entre outras coisas, pela melhoria dos salários e das pensões de reforma. 'Exigimos que haja da parte do Governo as medidas adequadas para rapidamente aumentar o SMN em um euro por dia e também os restantes salários. Se não o fizer, vamos verificar que estas políticas estão a levar a classe média para a pobreza, os pobres para a miséria e os miseráveis a ficarem fora das estatísticas', argumentou. Arménio Carlos disse que, em Portugal, existem cerca de 400 mil trabalhadores com 432 euros de salário líquido, 'abaixo do limiar da pobreza, que são 434 euros', 

O secretário-geral da CGTP recordou que a proposta de aumento do SMN da central sindical inclui também uma redução dos preços da energia, dos combustíveis e das telecomunicações para as famílias e para as empresas e a abertura de uma linha de crédito, pela via da Caixa Geral de Depósitos, para facilitar o financiamento das micro e pequenas empresas. O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, não prestou declarações aos jornalistas no final do encontro. O secretário-geral da CGTP condenou ainda o facto de só os trabalhadores do Pingo Doce que laboraram no 1.º de Maio poderem usufruir da campanha de descontos de 50 por cento em compras acima dos 100 euros. 'Estamos perante uma situação inadmissível, desde logo porque põe em causa o direito à greve.

 Os trabalhadores, pelo facto de exercerem o direito à greve, não podem ser penalizados', afirmou. O secretário-geral da CGTP disse ainda que, se se confirmar que só os trabalhadores do Pingo Doce que laboraram no 1.º de Maio é que vão poder usufruir da campanha de descontos, fica demonstrado que Soares dos Santos 'abomina mesmo o 1.º de Maio', e 'não se tratou de um ato casual e casuístico', mas sim de uma medida premeditada. 


* Não é a pagar salários de miséria que a economia sai do marasmo em que se encontra.. 


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