HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Caso dos cegos
Farmacêutica diz que regras não eram cumpridas
Seis pessoas perderam a vista no Hospital de Santa Maria em 2009
Ana Cristina Fernandes, farmacêutica no Hospital de Santa Maria, afirmou esta segunda-feira nas Varas Criminais de Lisboa, em mais uma sessão do julgamento do caso dos seis doentes que cegaram no Hospital de Santa Maria, em 2009, que a dupla verificação das alicutas (sobras dos fármacos) não era feita.
“A regra da dupla verificação não era cumprida. Não existiam recursos humanos para isso, nós [farmacêuticos] estávamos a fazer as nossas tarefas, análise de prescrições médicas e a realizar mapas, enquanto os TDT [técnicos de diagnóstico de tratamento] preparavam as alicutas”, disse Ana Cristina Fernandes.
A testemunha afirmou que o facto de as alicutas estarem em seringas, em vez de frascos, aumentava o risco de contaminação, confirmando que no Hospital de Santa Maria não existia manual de procedimentos.
“O manual de procedimentos só nos foi mostrado na semana seguinte a estes factos. Na altura, se tivéssemos dúvidas perguntávamos à Dr.ª Regina [coordenadora].
Não existia nenhum manual", afirmou.
Quanto ao seu colega e arguido Hugo Dourado, a testemunha define-o como um profissional “bastante cuidadoso” nas tarefas que exerce.
No final da audiência, a testemunha admitiu que pode ter havido um erro humano na selecção das alicutas ou na constituição das mesmas.
O julgamento prossegue no próximo dia 24 de Maio, nas Varas Criminais de Lisboa.
* Os métodos economicistas das admnistrações hospitalares sob ordens expressas do governo!Não é crime???
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