ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
EUA
Empresária de Manhattan
lucrava milhões com bordel secreto
Para os vizinhos, ela era uma simples dona de casa que dedicava o tempo aos seus quatro filhos. Mas, de acordo com o Supremo Tribunal de Nova Iorque, Anna Gristina é, na verdade, a "madame de Manhattan" - uma mulher conhecida na cidade por gerir um bordel secreto num apartamento da 78th East Street, nos últimos 15 anos. No início da semana começou a ser julgada por lenocínio.
A clientela era de topo. Magnatas, políticos, advogados influentes, banqueiros e empresários de topo frequentavam a casa de Anna Gristina. A dona do bordel foi detida no mês passado, após uma investigação de cinco anos, segundo o jornal ‘Daily Mail’.
De acordo com a mesma publicação, o corretor David Walker terá andado em negociações com a arguida para alargar o negócio da prostituição à Internet. A polícia terá encontrado ambos a conversarem.
“Sou CEO, este cargo dá-me muito trabalho”, terá escrito a própria a um amigo, de acordo com o jornal ‘New York Daily News’. Seja como for, nem os amigos ou vizinhos desconfiavam desta actividade. Pensavam que ela dirigia uma firma de trabalho temporário para secretárias.
No entanto, várias fontes contactadas por jornais de Nova Iorque indicam que ela empregava modelos que tinham posado para as revistas ‘Penthouse’ e ‘Playboy’. Irma Nici, acompanhante de luxo que se celebrizou por ter dormido com David Beckham, revelou que trabalhou para Gristina durante seis meses, em 2002.
Só aceitava pagamentos em dinheiro. As acompanhantes de topo, classificadas de “as melhores das melhores”, chegavam a cobrar mais de 1500 euros à hora e quase 20 mil por fim-de-semana. Gristina, que chegou a dirigir mais de 50 mulheres, tinha uma comissão de 40% sobre o total de rendimentos.
Não contratava mulheres com aspecto vulgar ou prostitutas. A selecção era apertada, de modo a que as acompanhantes conseguissem estabelecer uma conversa interessante. Álcool, drogas e strippers também não eram permitidos.
A “madame de Manhattan” tinha, no entanto, uma casa de campo onde fazia criação de porcos. “Fiquei em choque ao saber que ela estava envolvida neste tipo de actividade. Ela parecia uma mulher normal, de calças e camisa de flanela”, disse um vizinho. Era vista na companhia do marido (o terceiro, agente imobiliário) e do filho.
Contudo, publicava na rede social do Facebook imagens bizarras dos seus dois pitt-bulls – numa delas o cão aparece de plumas e cornos de plástico.
Natural da Escócia, Anna Gristina foi adoptada aos quatro meses e nunca encarou bem a situação. Saiu de casa aos 16 anos e foi para os Estados Unidos em busca do sonho americano.
Foi aí que casou com Fernando Pak. O casal teve duas filhas mas, aos 24 anos, Anna Gristina já estava divorciada. O segundo marido, Dario Gristina, tinha herdado o negócio de engenharia do pai. Amigos do casal recordam que Anna era "doce e manipuladora". Separaram-se em 1998, pouco depois do nascimento do filho Stephano. Por essa altura, o bordel já existiria há cerca de um ano. O actual marido, Kelvin Gorr, conquistou Anna Gristina numa discoteca de Nova Iorque e os dois deram o nó em Las Vegas há 10 anos, tendo um filho, Nicolas, logo depois.
Em Monroe, uma pequena localidade nos arredores de Nova Iorque, onde o casal tem uma casa, eram conhecidos por acolherem animais abandonados em casa, incluindo porcos - tinham seis. Os vizinhos ficaram chocados com a vida dupla de uma pacata dona de casa.
* Quem vê caras não vê corações
.
Sem comentários:
Enviar um comentário